Em um ambiente com investimentos na ordem de bilhões, com a geração de dezenas de milhares de empregos diretos e indiretos, capacidade de inovação e enorme potencial de protagonismo mundial quando o assunto é energia renovável (em especial o Hidrogênio Verde), é inegável a quantidade de oportunidades de negócios presentes e prontas para serem aproveitadas. Esse é o cenário da região em torno do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), que envolve os municípios de Caucaia, São Gonçalo do Amarante e Paracuru, que tem 21 anos de existência.
Para além da evidente competência instalada no Ceará, a partir de várias estruturas, empreendimentos e companhias industriais que realizam importação e exportação, precisamos falar sobre as inúmeras possibilidades de negócios ainda a serem desenvolvidas, somente com as conexões existentes na região e ao redor. Conhecer o vizinho e se aproximar para saber o que ele está produzindo e como realiza suas atividades pode parecer algo difícil, às vezes até impossível no contexto atual de concorrência aos olhos de alguns. No entanto, quando feita de forma organizada e transparente, traz um elemento importante para qualquer contrato social em um mundo globalizado: o desenvolvimento sustentável de toda a cadeia produtiva.
Um exemplo de como a união de forças é algo perfeitamente possível e traz bons resultados é o Projeto Sinergia, experiência bem-sucedida promovida pela Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp). A iniciativa tem criado um processo de aproximação entre as empresas instaladas na região do CIPP, sejam elas indústrias ou serviços, para construir uma conexão com visão de crescimento mútuo. Ao invés de olhar para fora do Estado na busca por parceiros comerciais, por que não olhar ao redor? Entender as demandas de suprimentos das empresas ao seu lado e saber o que é realizado no mesmo território em que se está instalado é, sem dúvidas, uma solução de menor custo.
Se as empresas estão fazendo negócios entre si, este ciclo gera toda uma cadeia positiva de emprego, recolhimento de impostos, redução de custos, melhor performance de investimentos e muito mais. Dessa forma, daqui a 20 anos, o que tem sido construído hoje estará enraizado e deixará um legado da sustentabilidade. n