Tomo este dia como um dos mais importantes de nossas vidas, enquanto geógrafos(as) que somos. Nosso dia emerge em 29/5/34, quando nasce o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que tem mais de 80 anos, e firma-se como importante órgão federal, que a cada década propicia uma "radiografia" social, econômica, política, étnica, cultural, ambiental, que nos possibilita compreender as agruras da população e assim delinear políticas públicas prioritárias a incidir no território, cujo objetivo central, deve ser pensar, construir, materializar uma sociedade justa, igualitária, sustentável, democrática, que verdadeiramente garanta aos cidadãos o tão sonhado direito à cidade.
O geógrafo é o estudioso do espaço, sempre numa busca incansável de analisar sociedade e natureza. Somos os únicos a conseguir compreender os impactos na dimensão social e ambiental, não quero dizer que as outras disciplinas não sejam importantes, até porque, é a partir delas que epistemologicamente absorvemos este caráter transinterdisciplinar. Já dizia Milton Santos, "antes de sermos geógrafos, somos filósofos", pois a filosofia nos deu a possibilidade do pensar, de sermos críticos, perceber horizontes dantes nunca vistos.
São várias as possibilidades, afinal, tudo que pode ser visto é passível de ser estudado. Nos dedicamos a compreender e investigar as transmutações realizadas pelo homem seja no rural, ambiental, urbano, numa tentativa de pensar a produção do espaço que leve em conta a sustentável leveza do ser, os poderes público e privado não podem apenas vislumbrar uma ótica mercadológica, ultraliberal de produção capitalista do espaço.
O geógrafo hoje e sempre será um profissional indispensável em órgãos de estâncias municipal, estadual e federal, para construirmos e pensarmos as possibilidades de um admirável mundo novo.
Encerro este meu espaço de fala, dizendo que existimos, somos visíveis, estamos sempre prontos para o debate, o pensar, construir, somos incansáveis na luta por justiça social. Saúdo meus colegas geógrafos, parabéns, viva a Geografia!