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Eduardo Girão: Política, a ética na transição planetária
Opinião

Eduardo Girão: Política, a ética na transição planetária

O Brasil convive desde o início de sua colonização com uma cultura de tolerância à corrupção e à impunidade daqueles que detém o poder político e econômico. A ruptura disso a partir de 2013 deu um sopro de esperança de que a justiça poderia ser para todos
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Quando estudamos a história da humanidade verificamos a existência de ciclos evolutivos em todas as civilizações;períodos de crescimento alternados por épocas de declínios, fomentados pela degradação de valores morais. É neste ponto que estamos agora sabendo que tudo está integrado a um Plano Maior, pois nada no Universo deixa de estar submetido a Leis Divinas.

O Brasil convive desde o início de sua colonização com uma cultura de tolerância à corrupção e à impunidade daqueles que detém o poder político e econômico. A ruptura disso a partir de 2013 nos deu um sopro de esperança de que a justiça poderia ser para todos. Quando milhões de brasileiros despertados pela consciência crítica foram pacificamente às ruas uma atmosfera irresistivelmente positiva tomou conta do País, impulsionando a Operação Lava Jato que em 2014 prendeu dezenas de políticos e empresários muito poderosos mas também muito corruptos, incluindo o ex-presidente Lula, que foi citado em centenas de delações premiadas e condenado a 12 anos de prisão.

Até o STF deu um grande passo em 2016 decidindo a favor da prisão em segunda instância enquanto um Senado, alinhado com a sociedade, aprovou o fim do foro privilegiado, em 2017. O cenário estava perfeito para o Brasil chegar onde ele merece: o topo do mundo. Mas tudo começa a virar a partir do dia 7 de novembro de 2019 quando o mesmo Supremo, muda subitamente de posição e, por 6 votos a 5, declara como inconstitucional a prisão em segunda instância para no dia seguinte decidir pela liberdade de Lula depois de ter cumprido apenas 580 dias de prisão.

Uma decisão política que, para completar a desgraça no mesmo ano, a Corte decide instaurar o famigerado inquérito das fake news em que um único ministro acusa, investiga, julga e condena sem direito à apelação. Tem início uma perseguição política a artistas, comunicadores, empreendedores, jornalistas, religiosos e até parlamentares. A "coincidência" é que a caçada atinge apenas um viés ideológico: somente conservadores. Nas eleições presidenciais de 2022, o TSE agiu com parcialidade beneficiando apenas um lado.

Pra variar, com a vitória de Lula, esse sistema apodrecido parte agora para a vingança. O deputado Dallagnol tem seu mandato cassado pelo TSE num vergonhoso julgamento, baseado em meras suposições e o voto direito de 344.000 paranaenses é violentado. O ex-presidente Bolsonaro também é declarado inelegível por 8 anos pelo mesmo tribunal. Enquanto isso o ex-governador Sérgio Cabral, condenado a 425 anos de prisão por diversos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro é liberado para cumprir a pena no conforto de suas mansões.

Mas não podemos desanimar. Vivemos um dos períodos mais críticos da transição planetária. Está sendo expelido pus acumulada há séculos e a cura virá com a consciência dos brasileiros que aprenderão, infelizmente, pela dor e não pelo amor! É preciso perseverar no bem e na verdade, porque tudo está sob a coordenação maior de Jesus Cristo. Paz & Bem

 

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Eduardo Girão

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