Uma pesquisa recente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Ambima) identificou que 49% dos brasileiros estão estressados por causa de dívidas e que 62% dependerão de parentes para pagá-las. Essa realidade também está presente na advocacia. Durante décadas se glamourizou a advocacia, com profissionais bem pagos, conhecidos pela cultura refinada e pelo estilo de vida de alto padrão.
De fato, quando olhamos outras profissões, é fácil achar isso, mas acredito em razão da elegância do terno ou taier, ou da linguagem rebuscada, que muitas vezes passam a falsa impressão de riqueza. Tantas vezes escutei algo como: você é rico, é advogado. Essa "ilusão" a cada dia se mostra mais clara, com advogados expondo suas dificuldades financeiras, de atuação e muitas vezes abandonando a profissão. É verdade que a concorrência nunca esteve tão grande. Mas será que o problema é a concorrência? Ou será que falta ao(a)s advogado(a)s as skills necessárias para fazer sua gestão financeira e a partir daí, desenvolver seu negócio e organizar sua vida?
A verdade é que a falta conhecimento básico de finanças para gerir o escritório e as finanças pessoais, para organizar os negócios e as contas de casa a cada dia aflige mais o brasileiro e os advogados não estão imunes. Isso tem levado muitos profissionais ao desequilíbrio financeiro e os retirado da profissão, buscando outras formas de ganhar dinheiro, seja empreendendo, seja buscando alternativas em outros ramos. Mas isso não é errado, ou seja, outra fonte de renda. Aliás, com o mínimo de entendimento financeiro, percebe-se a importância de múltiplas fontes de receitas atualmente.
E isso não quer dizer que ele(a) tenha que renunciar ao Direito. Tenho visto muitos colegas que atualmente acumulam a advocacia com o magistério, com outros negócios, como: franquias, comércios, corretagem, representação e alguns na área de tecnologia. Isso é saudável, pois como sabemos, na advocacia temos meses bons e meses ruins de honorários e essas outras fontes acabam "compensando" os meses ruins. Para encerrar, deixo a dica: controle suas Finanças e busque novas fontes de renda, mas nunca abandone seus sonhos. Isso é fundamental para obtermos a felicidade. Sim, Sonhos, Finanças e Felicidade andam de mãos dadas!