Sabemos que toda mudança de governo pode trazer dúvidas e incertezas, principalmente para a economia do país, mormente em razão das novas políticas econômicas adotadas pela equipe econômica escolhida pelo Presidente.
Como profissional que atua há mais de 30 anos como consultor empresarial, entendo que as partes interessadas, tais como, empresários, empregados, fornecedores e clientes (consumidores), criaram uma grande expectativa de que a economia iria deslanchar, principalmente em relação ao aquecimento das transações comerciais, com aumento de vendas, maior empregabilidade e mais renda e resultados para os envolvidos. Na realidade, o que se verifica é que a política econômica cambaleou nos últimos meses, tornando o momento alvo de sérias preocupações de empresários, trabalhadores e sociedade em geral.
Observamos, através dos diversos atendimentos que realizamos, como consultor, que a euforia inicial de que os negócios iriam prosperar, deu lugar à certa apreensão, pois não houve um incremento nos resultados, principalmente com relação aos indicadores financeiros. Ouvi, recentemente, um relato de um empresário do setor de confecção, que afirmou ser preocupante o veto do Presidente da República, no tocante à desoneração da folha de pagamento, dos setores que mais empregam no país e que, estrategicamente, geram emprego e renda aos Municípios, onde essa desoneração está sendo aplicada, impactando na carga tributária. Tivemos, também, a oportunidade de atender um grupo de comerciantes na região de Floriano, no Piauí, que afirmou ter acabado o capital de giro das empresas, para a manutenção dos custos e/ou realizar investimentos.
Avaliando esses relatos, incluindo os de um profissional da área de produção industrial que perdeu o emprego, recentemente, e que vai apostar, agora, em empreender, devido à dificuldade de recolocar-se na sua função. Outros fatores também têm contribuído para certo desânimo em alguns setores da economia, pois mesmo com ações efetivas do Sistema S, ainda faltam políticas públicas para estimular a economia, principalmente em relação aos investimentos, que possibilitem um aumento do PIB e da riqueza do nosso país, visto que os programas sociais são válidos, mas é preciso olhar para os trabalhadores que foram e serão afetados com medidas econômicas.