A PF divulgou o relatório final da investigação sobre o suposto ataque ao filho de Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma em 14 de julho de 2023. Naquele dia, quando os Mantovani chegaram a São Paulo, foram levados pela PF para interrogatório no aeroporto, sem base legal. Quem teria dado essa instrução à PF? Um crime ocorrido no Exterior deve ser investigado no país onde aconteceu, ou seja, a competência de investigação e julgamento seria italiana...
O STF então iniciou um inquérito e ignorou a competência do MP. Como o pretenso agressor não possuía foro privilegiado, deveria ser processado na 1ª instância.
Três dias depois, Rosa Weber autorizou busca e apreensão na residência dos Mantovani, operação inédita em delito similar.
O processo foi designado para Toffoli, que permitiu que Alexandre e sua família atuassem como "assistentes de acusação". No entanto, não havia uma acusação formalizada, já que o processo só poderia ser iniciado após o MP apresentar denúncia. O MP recorreu da decisão, por sua inconstitucionalidade.
Quando o STF recebeu as imagens da Itália, Toffoli negou à defesa o acesso e ordenou que ficassem sob segredo de Justiça. O MP protestou, alegando que não havia justificativa legal para tal sigilo. O STF parecia querer controlar as narrativas dos eventos, uma vez que a polícia italiana contradisse Alexandre, afirmando que não houve agressão ao seu filho, apenas um leve roçar nos óculos, e não identificou crime no incidente.
Na época, a revista Veja reportou que a PF quebrou protocolo ao designar um agente, e não um perito técnico, para analisar as imagens. Um dos peritos denunciou a irregularidade e, em retaliação, a PF iniciou uma investigação contra ele, e não contra quem cometeu a irregularidade.
A PF concluiu que houve injúria real, porém, por ser considerado um crime de menor potencial, só poderia ser processado na Itália. No relatório, é mencionado que, de fato, o ministro chamou os Mantovani de bandidos, mas de forma "jocosa" (!). Além disso, o relatório inclui "prints" de conversas confidenciais entre os Mantovani e seu advogado sobre os fatos, o que é ilegal. Agora, quem vai compensar os Mantovani pelos danos sofridos e ressarcir os custos da investigação abusiva? n