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Marcos Holanda: Um novo caminho
Opinião

Marcos Holanda: Um novo caminho

Precisamos de um governo focado nos mais pobres e não naqueles que só procuram privilégios, um governo digital e não analógico, sincronizado com o novo mundo e baseado na meritocracia
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Marcos C Holanda. Professor Titular UFC, ex-presidente BNB, Fundador IPECE.
 (Foto: REPROUÇÃO TV O POVO)
Foto: REPROUÇÃO TV O POVO Marcos C Holanda. Professor Titular UFC, ex-presidente BNB, Fundador IPECE.

Nos últimos dez anos o crescimento médio do PIB foi de 1,2%, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado caiu de 1 milhão para 961 mil e hoje, de acordo com a renda domiciliar das famílias, somos o segundo estado mais pobre do Brasil. Não mudar significa manter esse cenário inaceitável. Precisamos de um novo caminho.

Um caminho que evite o voluntarismo e a ilusão de soluções fáceis, que entenda que o futuro não pode ser construído com soluções do passado como ferrovias, portos e mão de obra barata. Precisamos de um governo focado nos mais pobres e não naqueles que só procuram privilégios, um governo digital e não analógico, sincronizado com o novo mundo e baseado na meritocracia. Um governo com menos estruturas fisiológicas, com menos impostos, com menos burocracia. Essa é a essência da boa gestão: fazer com menos, fazer mais rápido, fazer melhor.

Precisamos de novos projetos, novas estratégias. Transformar o Pecém em um hub de gás natural e com o complemento das energias solar e eólica oferecer para economia local energia barata e confiável. Criar uma política de incentivo fiscal para as pessoas e não apenas para empresas. Em vez de atrair empresas defasadas no tempo vamos atrair talentos conectados com o futuro. Ter uma política agressiva de inovação e criação de novos negócios.

Ao final do ensino médio penas 1 em cada 10 alunos tem nota adequada em matemática e 2 em cada 10 em português. Como viabilizar a empregabilidade e um futuro promissor aos nossos jovens se eles não têm a menor chance de competir no mercado? Precisamos entender que nossos jovens preferem ser empreendedores a serem eternamente um trabalhador CLT de salário-mínimo.

Nada mais equivocado que condicionar o desenvolvimento do estado a sua industrialização. Somos uma economia de serviços que respondem por 75% do nosso PIB. Temos competitividade e potencial nos setores de educação, saúde, TI e games, turismo de luxo, de esportes de segunda residência. Um agro moderno e competitivo está surgindo e precisa ser consolidado.

Se o mundo mudou precisamos mudar. Se temos os insumos para uma economia verde e inovadora temos que usá-los localmente e de forma competitiva. Se a era dos governos inchados financiados com dívida ou aumentos de impostos acabou precisamos de choque de gestão. Se o anseio dos jovens é empreender e ter seu próprio negócio temos que capacitá-los de forma adequada e evitar a armadilha de bolsa para tudo. Em um mundo cada vez mais competitivo os vencedores serão aqueles que investirem em meritocracia e não em ideologias. Precisamos recuperar a vanguarda, precisamos de um novo caminho. 

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