No Ceará, existem hoje 11.759 cirurgiões-dentistas em atividade, contabilizando a proporção de um profissional para cada 747 habitantes. Esse número tem aumentado de forma exponencial devido à quantidade crescente de faculdades e nos faz refletir sobre a urgente necessidade de organização de uma categoria que já vem sofrendo os efeitos da precarização do trabalho, muitas vezes refletida na imensidão de cirurgiões-dentistas que se sentem lesados em seus direitos e não são remunerados dignamente.
Diante desse contexto, a direção do Sindiodonto vem desenvolvendo estratégias para promover a consciência dos profissionais sobre a importância da sindicalização e da participação direta nas decisões em assembleias e atividades promovidas.
Um sindicato tem como principal objetivo a defesa de uma coletividade e consiste em uma associação permanente de trabalhadores que se unem a partir da constatação de problemas e necessidades comuns. Infelizmente, essas entidades se deparam com a mesma dificuldade que também acomete o Sindiodonto: a maioria dos trabalhadores não compreende o seu verdadeiro papel.
Há cirurgiões-dentistas que desejam se filiar, mas não entendem os benefícios dessa filiação, visto que a temática é pouco explorada nas faculdades. Outros pensam que é só filiar, cruzar os braços e tudo estará resolvido. Há ainda aqueles que querem saber se terão direito a outros benefícios. O certo é que os principais motivos para um trabalhador se filiar ao seu sindicato são: união, segurança jurídica, reconhecimento e busca por valorização profissional. Os sindicatos têm grande importância na vida dos trabalhadores. Quando bem estruturados, podem proporcionar, através da participação ativa dos seus filiados, melhores condições de vida e de trabalho.
Em outubro, mês alusivo ao cirurgião-dentista, a direção do Sindiodonto lança o seu boletim bimestral, cujo objetivo é dialogar com os profissionais que ainda desconhecem suas atribuições e como funciona. Esse boletim é para os cirurgiões-dentistas que trabalham há anos sem receber o piso salarial, sem reajuste anual, sem plano de cargos, salários e carreiras, sem carteira assinada, sem condições de trabalho salubres e submetidos a diversas precarizações.
É tempo da categoria se unir em defesa dos interesses da nossa classe e valorização profissional!