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Camila Arraes de Alencar Pimenta: Afinal, melhoramos nos últimos dois anos?
Opinião

Camila Arraes de Alencar Pimenta: Afinal, melhoramos nos últimos dois anos?

O fortalecimento das instituições depende especialmente de uma sociedade com conhecimento. Combater a desinformação é indispensável na luta contra extremistas. No entanto, é isso viável com a atual composição da Câmara?
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Camila Arraes De Alencar Pimenta

Articulista

Em 2023, o Brasil vivenciou uma tentativa de golpe em Brasília. Um episódio que chocou o país e o mundo. Este momento marcante nos leva a refletir sobre as lições aprendidas e sobre a evolução - ou involução - da democracia brasileira nesse interregno.

O dia 8 de janeiro de 2023 ficou gravado na memória nacional pelas imagens dos três principais símbolos do poder republicano sendo invadidos por grupos que se recusavam a aceitar os resultados das eleições presidenciais de 2022.

Alguns dos principais políticos condenaram o ataque, outros criavam narrativas de que o governo tinha criado a situação. A verdade é que o desfecho dessa situação ainda não ocorreu, mas pode-se perceber vários exemplos de democratas semi leais, ou seja, aqueles que fingem que defendem a soberania popular, mas atuam para enfraquecê-la.

O ano de 2025 promete avanços, com a possibilidade de responsabilização de alguns dos envolvidos. Contudo, o futuro da democracia exige mais do que punições. É essencial debater estratégias para prevenir novos ataques e fortalecer uma cultura de respeito democracia brasileira.

O fortalecimento das instituições depende especialmente de uma sociedade com conhecimento. Combater a desinformação é indispensável na luta contra extremistas. No entanto, seria isso viável com a atual composição da Câmara dos Deputados? O radicalismo que domina o cenário político sugere que avanços nesse sentido ainda são desafiadores.

O bolsonarismo continua a reinventar suas narrativas diante de cada novo escândalo que envolve seu principal líder. Isso exige resistência e dedicação de quem defende um governo liberal no Brasil, mesmo diante de esforços internos e externos para enfraquecê-la.

A preservação da nossa democracia demanda vigilância constante e comprometimento coletivo. Aprender com os erros do passado é essencial para construir um futuro mais sólido, justo e democrático. E é por isso que devemos repetir em coro: sem anistia para golpistas!

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