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Rafael Santana: Quem realmente quer nos ajudar?
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Opinião

Rafael Santana: Quem realmente quer nos ajudar?

Mais armamentos? Vigilância? Repressão policial? Prisões? Normalmente é o que nos oferecem. Se isso funciona não sei, mas que as coisas estão piorando elas estão. A criminalidade é algo real e vivo
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Rafael Santana. Jornalista em Formação. Estagiário do Ciência&Saúde do O POVO.  (Foto: Acervo Pessoal)
Foto: Acervo Pessoal Rafael Santana. Jornalista em Formação. Estagiário do Ciência&Saúde do O POVO.

O dia 10 de fevereiro foi marcado por luto e dor na comunidade da Rosalina, no bairro Parque Dois Irmãos, em Fortaleza. O que aconteceu? Kaleb, de 11 anos, foi morto com seis tiros enquanto voltava da escola acompanhado seu pai.

Ele foi vítima da guerra entre facções. O seu velório foi marcado por protesto, com crianças e adolescentes pedindo paz. E essa é uma realidade constante na vida de quem mora em bairros periféricos no Brasil.

Os anos se passam e o estado do Ceará, nossa casa, continua no ranking de violência e falta de segurança. E isso é sempre pauta em campanhas políticas, com promessas que fazem nos apegar em um pequeno fio de esperança do fim dessa guerra. Mas, como eles pretende nos ajudar?

Mais armamentos? Vigilância? Repressão policial? Prisões? Normalmente é o que nos oferecem. Se isso funciona não sei, mas que as coisas estão piorando elas estão. A criminalidade é algo real e vivo, reflexo do que aconteceu no passado, no qual todos pagam o preço.

Me pergunto onde estão as promessas de investimento na educação, na cultura, na saúde, no esporte, no saneamento básico e em projetos sócias para combater essa realidade nas comunidades? Vocês realmente acreditam que essa guerra vai ser combatida com mais violência? É preciso quebrar ciclos.

Kaleb estava fazendo isso, ele estava seguindo o caminho da educação, um caminho totalmente distante da realidade violenta que nasceu, onde faz jovens periféricos escolher a criminalidade. Tiraram a oportunidade de Kaleb de quebrar esse ciclo. E pode ter certeza que a culpa não é só deles!

Me pergunto, quem realmente quer nos ajudar? Precismos ter essa consciência como um grupo de pessoas que só querem paz, para que escolhas certas sejam feitas, tanto em época de eleições como no dia a dia de nossas vidas. Me solidarizo com a família e amigos do pequeno Kaleb. E para quem fica, peço que continue resistindo e procurando o caminho que fazem ser distante da gente.

Algumas pessoas já entenderam o recado e estão fazendo resistência em sua realidade. Novos tempos virão, porque continuaremos a seguir quebrando ciclos!

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