Mesmo com a alegação do governo norte-americano de que o Acordo de Paris prejudica a economia dos USA em detrimento do crescimento de outros países, a conscientização global sobre as questões ambientais vem a cada dia evoluindo e se consolidando economicamente.
Refiro-me aos resíduos de embalagens pós-consumo com foco no reúso e reciclagem, que, segundo a Global Market Insights, devem ultrapassar 214,3 bilhões de dólares até 2032.
Por outro lado, as mudanças regulatórias e as inovações tecnológicas, a exemplo do Regulamento da União Europeia sobre resíduos de embalagens pós-consumo, já não mais é uma tendência. Segundo pesquisa da McKinsey & Compay, 51% dos consumidores pesquisados procuram embalagens ambientalmente adequadas, mesmo considerando a importância de outros atributos, como segurança, conservação do produto, higiene, maior "shelf life", durabilidade e facilidade no uso.
Contrariando o atual conceito das embalagens tipos "descartáveis recicláveis" conhecidas no mercado brasileiro como "one way", a tendência a partir deste ano 2025 é que o mercado mundial demande embalagens descartáveis, porém do tipo "reutilizáveis recicláveis". Reporto-me àquelas que induzem instintivamente qualquer pessoa em não às descartar imediatamente no lixo, como: a lata de biscoito, o copo vidro do requeijão e o pote plástico de sorvete. Normalmente, são reusadas noutros fins, e com o tempo vão para o processo de reciclagem.
Puxado como um vagão, o Brasil já ensaia compromissos pela Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de seus municípios. No caso, a Lei 12.305/10 que trata da PNRS, a lei 14.026/20 do NMSB, a Lei 14.260/21 de Incentivo a Reciclagem e o Decreto 12.082/24, que institui a Estratégia Nacional de Economia Circular são políticas públicas que apontam mudanças para o destino do lixo urbano, a começar pelo fim dos lixões, cujo prazo se encerrou em agosto 2024. Esse desafio, não só dependente da educação da população, mas da dinâmica do modelo econômico linear do Brasil, cujas externalidades interferem na organicidade do orçamento de limpeza urbana dos municípios. Portanto, a economia é quem suja, e a economia é quem limpa!