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Camila Rodrigues: Afetos e criatividade em rede
Opinião

Camila Rodrigues: Afetos e criatividade em rede

.No aniversário do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, patrimônio afetivo da cidade, o fortalecimento de laços de aproximação e trocas simbólicas de valor inestimável são os maiores presentes a dar e receber. Viva o Dragão dos afetos!
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Camila Rodrigues

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O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura completa 26 anos neste 28 de abril abraçando o desafio simbólico de fortalecer conexões junto ao ecossistema criativo em que está inserido. Ativo e democrático, afetando e se deixando afetar, o edifício-símbolo do polo cultural da Praia de Iracema festeja-se em movimento, extrapolando os próprios limites físicos e misturando-se aos territórios vizinhos para celebrar parcerias continuadas.

Tarde de festa no Poço da Draga. Ao ar livre, em torno do Pavilhão Atlântico, a cultura dos territórios chega como uma lufada de vento criativo, um tempo claro de possibilidades. Ali, uma multidão intergeracional renova o vínculo afetivo inquebrantável que afirma o Centro Dragão do Mar como espaço público de encontros, escutas e multiplicidade.

Ao longo do ano, a existência e a resistência do CDMAC também convidam a imaginar futuros. Para a gestão em curso, o trabalho em rede é a flecha lançada em direção ao sentimento de pertencimento e ao ímpeto de corresponsabilização afetuosa criados entre a Rede Pública de Equipamentos Culturais do Ceará (Rece), da Secult-CE, os territórios parceiros e os empreendedores culturais vizinhos.

Descentralização como forma de celebração. Colaboração e envolvimento para afirmar a cultura como um direito. Vizinhança para retroalimentar ações e projetos voltados à cidadania cultural. Cada vez mais, dizer nós, ao invés de eu, valorizar memórias, histórias e dinâmicas de vida para afirmar a capacidade de interferir e transformar o presente, no aqui e agora.

Plural e diverso, aberto às mais diversas possibilidades de usos, poroso e contíguo à rua, o Centro Dragão do Mar comemora suas boas companhias, a festa coletiva dos portadores e produtores da cultura, as riquezas materiais e imateriais dos territórios interligados entre si como organismos vivos orgulhosamente fincados no chão de Iracema.

No aniversário daquele que é patrimônio afetivo da cidade, o fortalecimento de laços de aproximação e trocas simbólicas de valor inestimável são os maiores presentes a dar e receber. Viva o Dragão dos afetos!

 

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