Vivemos um momento delicado na economia brasileira. Juros altos, incertezas fiscais e possível consumo retraído estão desafiando empresas de todos os setores. O que separa os negócios vencedores daqueles que ficam para trás é, entre outros fatores, a capacidade de adaptação e a forma como lidam com o cliente.
Uma estratégia comercial eficiente vai além de boas ofertas ou campanhas de marketing criativas. Começa, sobretudo, com um atendimento que respeita e compreende as necessidades do consumidor. Nesse ponto que muitos negócios têm falhado.
Um exemplo pode ser visto no setor de bares e restaurantes. A substituição de cardápios impressos por versões digitais se tornou comum. Mudança prática para os estabelecimentos, que tem causado frustração silenciosa — mas crescente — entre os clientes.
Consumidores, especialmente menos familiarizados com tecnologia, sentem-se desrespeitados ao não terem acesso ao cardápio físico. Em vez de uma experiência acolhedora, encontram um obstáculo logo no primeiro contato com o serviço.
Os estabelecimentos justificam essa escolha com a praticidade de atualizar preços e itens no cardápio digital. Mas essa conveniência não pode sobrepor-se a experiência do cliente.
Hoje, ser ágil é crucial, sim — mas, mais ainda com empatia. Estratégias eficazes devem ser criativas para resolver problemas, não apenas para reduzir custos. E no atendimento é onde o discurso encontra a prática.
Ignorar os sinais do consumidor e manter decisões centralizadas é um risco. A miopia pode custar caro. Afinal, quem paga a conta, escolhe a marca e define o rumo do mercado é o cliente. O poder é dele.
Improvisar sem planejamento pode ser fatal. Por isso, a criatividade deve ser usada com inteligência, como ferramenta para aproximar a empresa de quem realmente importa: o consumidor.
Negócios bem-sucedidos serão, cada vez mais, aqueles que ouvirem seus clientes, adaptarem seus processos com agilidade e colocarem a experiência do consumidor como eixo central de suas decisões. n