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Guimarães: China e Brasil, um assunto do presente e do futuro
Opinião

Guimarães: China e Brasil, um assunto do presente e do futuro

Os frutos serão colhidos em breve. Por ora, uma coisa é fato: o Brasil retoma o protagonismo internacional, local de onde nunca deveria ter saído
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Articulista

Durante a missão oficial à China, integrei a comitiva do presidente Lula, e vivenciei um momento histórico para o Brasil: a confirmação de cerca de R$ 27 bilhões em novos investimentos chineses no país.

Essa conquista foi resultado de uma agenda estratégica, construída com diálogo e foco no fortalecimento da economia brasileira.

Como líder do governo na Câmara e como cearense, pude perceber o impacto direto dessas parcerias para o meu estado.

Estar na China foi definitivamente uma experiência engrandecedora, capaz de mostrar o real tamanho e importância que o nosso país tem perante o mundo.

O Ceará é protagonista à frente das pautas de energia renovável e desenvolvimento sustentável. Com o reforço desses acordos internacionais, nosso protagonismo foi ainda mais consolidado.

A política estável, a localização geográfica e os investimentos públicos fizeram do Ceará o estado mais bem preparado para liderar a transição energética. O Complexo do Pecém já se destacava por reunir mais de 40 memorandos de entendimento com empresas estrangeiras. A viagem à China confirmou a relevância desse caminho.

Durante os encontros, foram anunciados investimentos expressivos, como:

US$ 1 bilhão do grupo Envision para combustível sustentável de aviação;

US$ 1,3 bilhão para a instalação de uma montadora chinesa no Brasil;

R$ 650 milhões da Longsys/Zilia para semicondutores;

R$ 5,6 bilhões da Meituan/Keeta no setor de delivery;

R$ 3,2 bilhões da rede de fast-food Mixue.

Tratativas foram feitas para o desenvolvimento de ferrovias e infraestrutura logística, com impacto no escoamento da produção nordestina.

No Ceará, a produção de energia limpa e hidrogênio verde já é realidade. Com apoio da Embrapa, da iniciativa privada e do governo estadual, estabelecemos a meta de produzir um milhão de toneladas de hidrogênio verde até 2030, com investimentos estimados em US$ 30 bilhões.

Na viagem, reforcei que o Ceará já é o principal hub de hidrogênio verde da América Latina. E o que estamos construindo com parceiros internacionais é mais que um projeto local é uma contribuição concreta para o Brasil do futuro.

Estivemos na China com o compromisso de trazer avanços reais para o país. E voltamos com resultados à altura do que o Brasil pode e merece ser. Esse assunto ainda dará pano pra manga.

Os frutos serão colhidos em breve. Por ora, uma coisa é fato: o Brasil retoma o protagonismo internacional, local de onde nunca deveria ter saído. 

 

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