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Francisco Barbosa: Governo do Ceará inaugura primeira Sala Google em Escola Indígena no Brasil
Opinião

Francisco Barbosa: Governo do Ceará inaugura primeira Sala Google em Escola Indígena no Brasil

A introdução da Sala Google possui intenso simbolismo porque favorece a inclusão e o letramento digital aos estudantes destas etnias, inserindo-os no mundo tecnológico
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Francisco Barbosa. Presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice). (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Francisco Barbosa. Presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice).

O governo do Ceará, por meio da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará - Etice -, com o apoio da Secretaria da Educação, vai adotar uma ação inédita no Brasil: implantar a 1ª Sala Google em uma escola indígena. No dia 28 de junho, a Escola Indígena Chuí, localizada na aldeia Olho D'água, que atende 426 estudantes e pertence à etnia Pitaguary, em Maracanaú, vai receber a 12.a Sala Google implantada pelo poder executivo. A intenção é chegar a 40 salas em escolas públicas até o final do ano que vem, de forma gratuita.

O laboratório Google é mais um importante equipamento, que contribuirá para aproximar os estudantes indígenas das mídias digitais, aprimorando os conhecimentos acerca das tecnologias. Trata-se de uma maneira de reverter uma lógica de exploração iniciada pelos portugueses - que se autointitularam "descobridores" - ao chegarem ao nosso país, quando retiraram terras, direitos e oportunidades de uma civilização que já habitava o continente há tempos. Em suma, trocaram dignidade por bugigangas.

No Brasil e no Ceará, para que os povos indígenas tivessem direitos preservados, foi preciso que governantes, como Lula e Elmano, tivessem coragem de demarcar territórios e entregar equipamentos de qualidade nestas comunidades. Neil Armstrong, ao pisar na Lua, disse que aquele era um pequeno passo para ele, mas gigantesco para a humanidade. Na mesma linha, o governo do Ceará proporciona cidadania, abrindo novos espaços e conhecimentos a esta população.

A introdução da Sala Google possui intenso simbolismo porque favorece a inclusão e o letramento digital aos estudantes destas etnias, inserindo-os no mundo tecnológico. Desta forma, crianças e jovens de povos originários poderão, com acesso à informação, trilhar um caminho que resguarde a igualdade na competição com outras pessoas de qualquer lugar do mundo, dando uma nova e consistente condição de disputar vagas no mercado de trabalho.

A Etice, por sua vez, está negociando com outras big techs para ampliar estes serviços, de forma a democratizar conhecimento para os alunos da rede pública, incluindo segmentos historicamente marginalizados como indígenas, quilombolas e jovens do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas). Nossa utopia é que esta juventude descubra que a tecnologia é uma forma real de ascender socialmente, em vez de ilusões vendidas em redes sociais.

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