Na manhã de uma quarta-feira recente, tive o privilégio de mediar uma experiência inesquecível no programa CEGÁS em Dia com Você. Recebemos o maestro Arley França, da Orquestra Contemporânea Brasileira, que nos conduziu por uma aula-espetáculo sobre liderança, sensibilidade e colaboração, com o tema: “Como liderar equipes na lógica de uma orquestra”.
Ficou evidente o quanto a figura do maestro pode inspirar líderes corporativos. Assim como em uma empresa, uma orquestra exige hierarquia, papéis definidos, escuta ativa e sintonia entre os integrantes. O maestro não toca instrumento algum, mas é ele quem orquestra talentos, direciona a performance e extrai o melhor de cada músico — ou, na metáfora, de cada colaborador.
Arley mostrou que um bom líder, como um bom maestro, precisa dominar tanto as hard skills (técnica, processos, indicadores) quanto as soft skills (escuta, empatia, comunicação, carisma). As hard skills são como a partitura: sem elas, não há música. Mas são as soft skills que dão vida à execução — ritmo, emoção, harmonia.
Arley foi enfático: "Uma orquestra sem maestro tem qualidade inferior. E uma empresa sem liderança clara, também." Sete lições poderosas emergiram dessa metáfora:
1. Cada músico tem seu papel, mas o sucesso depende da afinação coletiva.
2. O maestro cria a sintonia entre os músicos, assim como o líder organiza, alinha e inspira a equipe.
3. Escuta ativa é fundamental. O maestro precisa perceber nuances, silêncios e ruídos – o mesmo se aplica ao líder atento às emoções, ideias e desconfortos da equipe.
4. A ausência de liderança compromete a performance. Sem direção, cada um toca por si.
5. Todo líder imprime seu estilo e deixa sua marca.
6. Um único desafino compromete o grupo — o mesmo vale para atitudes desalinhadas.
7. Grandes maestros valorizam o brilho individual. Líderes também
No encerramento, todos aplaudiram de pé e cantaram com a orquestra o jingle do Programa, que reúne quinzenalmente todos o(a)s colaboradores da Companhia de Gás do Ceará (Cegás) para conversar sobre temas de Qualidade, Saúde, Meio Ambiente e Segurança. Foi comovente ver a empresa toda cantando o jingle criado pela estagiária Tainara Costa.
Um momento em que arte, aprendizado e emoção se encontraram — lembrando-nos que liderar é mais do que conduzir processos: é reger pessoas, construir harmonia e transformar talento em música.
Assim como uma orquestra precisa de um maestro sensível e preparado para alcançar a excelência, nossas organizações precisam de líderes que saibam escutar, inspirar e transformar equipes em verdadeiros concertos de propósito e desempenho.