Logo O POVO+
Vanderson Aquino: Golpes via Pix e as medidas de proteção
Opinião

Vanderson Aquino: Golpes via Pix e as medidas de proteção

Assim como acontece com toda inovação, o Pix também tem sido alvo de práticas criminosas. A expectativa para 2025 é de que os prejuízos decorrentes de golpes ultrapassem a marca de R$ 11 bilhões
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Vanderson Aquino. Fundador e CEO do Mêntore Bank. (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Vanderson Aquino. Fundador e CEO do Mêntore Bank.

Considerado um marco no avanço da tecnologia financeira do Brasil, o Pix, sistema de pagamentos instantâneos, vem fazendo uma revolução a cada novidade. A agilidade e a praticidade do sistema trouxeram inúmeros benefícios, desde a inclusão de pequenos empreendedores até a democratização do acesso.

Assim como toda inovação, o Pix também tem sido alvo de práticas criminosas. A expectativa para 2025 é de que os prejuízos decorrentes de golpes ultrapassem a marca de R$ 11 bilhões. A cifra expressiva reflete o tamanho do problema e exige uma reflexão sobre as medidas para proteger usuários e empresas do setor financeiro, principalmente com a chegada do Pix por aproximação.

Os golpes envolvendo o sistema instantâneo ocorrem, principalmente, de duas maneiras: engenharia social e invasão por hackers. Na primeira situação, os fraudadores utilizam técnicas de manipulação para obter dados pessoais de suas vítimas que, por vezes, não conseguem suspeitar. Eles se passam por representantes de bancos ou prestadores de serviços, convencendo as vítimas a fornecerem senhas e dados pessoais. Com as informações em mãos, os criminosos transferem valores para contas vinculadas a CPFs falsos ou laranjas.

Já na invasão por hackers, os criminosos acessam sistemas de instituições financeiras e de pagamento, muitas vezes através de vulnerabilidades não corrigidas. Em ambos os casos, a natureza descentralizada e instantânea do Pix torna ainda mais difícil o rastreamento e a reversão dos valores desviados, já que muitas dessas contas pertencem a pessoas que desconhecem a existência delas, ou estão associadas a CPFs inválidos perante a Justiça Federal, o que dificulta ainda mais a responsabilização dos envolvidos.

Do outro lado, a resposta do sistema financeiro tem sido implementar medidas para frear as fraudes. A usabilidade do Pix por aproximação, por exemplo, exige autenticação biométrica, promete aumentar a segurança e dificultar o uso de dados roubados. Já o bloqueio de CPFs inativos corrobora na criação de uma camada adicional de proteção, limitando a criação de contas fantasmas.

O que você achou desse conteúdo?