A morte de uma jovem publicitaria e dançarina em um vulcão na Indonésia que teve repercussão internacional nos sensibiliza pela dor, mas ao mesmo tempo nos permite fazer algumas reflexões pertinentes.
Segundo o professor Jost Krippendorf nos descreve sobre os modelos existenciais da sociedade moderna e focando principalmente nos anseios da juventude em buscar nas viagens e no lazer uma superação de seus limites físicos e psicológicos como realização de sonhos e prazer. Em Psicologia do Turismo Glenn Ross descreve o turismo de aventura como atividades recreativas na natureza com o objetivo de desafiar os participantes a realizar experiências únicas, produzindo fortes emoções.
Este tipo de turismo tem crescido vertiginosamente a uma média de quase 20% ao ano e, segundo a Playtour, movimentou 1,5 bilhão de dólares. A OMT cita o Arvorismo, Asa Delta, Escalada em montanhas e vulcões, Mergulhos, Paraquedas, Balonismo, Rafting, Trilhas, etc... Apesar deste boom o que se vê é que não existe um cuidado técnico e profissional no trato da atividade, necessitando também de uma regulamentação e legislação específica para empresas e trabalhadores neste segmento, urge esta obrigatoriedade.
Nota-se o grande despreparo dos operadores deste tipo de turismo. Via-se a olho nu que os guias não utilizam equipamentos apropriados, tem pouco treinamento, nem equipes de socorro instantâneos e o pior; quem fiscaliza? O acidente com Juliana Marins poderia servir para alertar ao mundo os pré-requisitos necessários para exploração responsável desta atividade. Além da Indonésia, a Índia e o Brasil são países de forte potencial para o turismo de aventura.
O problema é recorrente, pois há poucos dias um acidente com um balão de turismo ocorreu em Praia Grande, Santa Catarina, resultando na morte de oito pessoas e deixando outras treze com fortes ferimentos. O balão pegou fogo durante o voo e caiu com 21 pessoas. Se maiores cuidados existisse o fato seria evitado.
Devemos estimular a adrenalina que o turismo produz, pois ao ser produzida glândulas suprarrenais liberam no corpo uma pressão sanguínea e cardíaca e ao passar esta sensação de medo, se sucedi um profundo alívio, como se fosse um balsamo para o corpo nos dando um prazer profundo parecido até com um orgasmo como disse certa vez a professora Sara Bacal em uma de suas palestras.
O turismo deve estimular esta adrenalina, mas com extrema responsabilidade.