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Priscila Ipirajá: Liderança Jurídica, a visão que transforma
Opinião

Priscila Ipirajá: Liderança Jurídica, a visão que transforma

Inteligência artificial, novas demandas do consumidor jurídico, compliance e ESG são temas que já fazem parte da rotina de quem quer manter seu escritório competitivo. Ignorar esses fatores é correr o risco de estagnação
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Priscila Ipirajá. Especialista em marketing jurídico. (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Priscila Ipirajá. Especialista em marketing jurídico.

Durante muito tempo, ser um bom advogado significava, essencialmente, dominar a técnica. O prestígio vinha da qualidade das peças, do conhecimento jurídico e da performance em audiências. Mas o cenário mudou. Hoje, excelência técnica é apenas o ponto de partida. O mercado jurídico exige mais: exige visão empresarial.

Sócios e sócias que antes se viam apenas como advogados agora percebem que estão à frente de um negócio. Liderar um escritório vai além das petições envolve planejamento, gestão de pessoas, análise de indicadores e decisões estratégicas baseadas em dados. O modelo tradicional cede espaço para o advogado gestor: aquele que assume o protagonismo não apenas nas causas dos clientes, mas também na estrutura e crescimento do escritório.

Essa mudança não é uma tendência passageira, é uma exigência de mercado. Os escritórios que crescem de forma sustentável têm em comum uma liderança que pensa no todo: entende de finanças, delega com inteligência, investe em marketing e constrói cultura organizacional sólida.

Na Comissão de Gestão Estratégica da OAB-CE, percebemos um movimento crescente de profissionais que buscam capacitação fora do óbvio: aprendem sobre negociação, tecnologia, branding e liderança. É o reflexo de uma advocacia que amadurece e compreende que o sucesso exige competências multidisciplinares.

Além disso, a liderança jurídica atual precisa estar preparada para lidar com mudanças rápidas: inteligência artificial, novas demandas do consumidor jurídico, compliance e ESG são temas que já fazem parte da rotina de quem quer manter seu escritório competitivo. Ignorar esses fatores é correr o risco de estagnação.

Assumir a liderança de um escritório é um ato de coragem, mas também um passo indispensável para quem quer evoluir, escalar e deixar de apenas sobreviver na profissão. A advocacia do futuro já começou e ela exige mais do que técnica: pede visão, estratégia e liderança. Quem não se adapta, fica para trás. Liderar é uma escolha. E ela começa agora.

Reflexão: você está liderando o seu escritório ou apenas acompanhando o ritmo dele?

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