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A gastança do Congresso Nacional
Opinião

A gastança do Congresso Nacional

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Vez por outra lembro nos debates dos quais participo na rádio O POVO CBN e O POVO News, que a Faria Lima não vai sossegar até conseguir desvincular os benefícios do INSS do salário mínimo. Em compensação os rentistas gostam dos juros altos, pois lhes entra mais dinheiro na botija — e os ricos se recusam a pagar impostos.

Em outra frente, o Centrão e a extrema direita, de mãos dadas, impuseram forte derrota ao governo no Congresso, cassando o decreto presidencial que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), alegando que era preciso cortar gastos.

Porém, não se pode negar que os nobres parlamentares são a favor de alguns aumentos. Eles decidiram, por exemplo, elevar o número de deputados para aumentar a gastança daquele que já é o segundo Congresso mais caro do mundo. Só fica atrás dos Estados Unidos.

Vejam que está à mão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), esperando apenas uma brecha, a autorização para que suas excelências acumulem o salário da ativa com o da aposentadoria pelo regime parlamentar.

O tema é repetitivo, mas não se pode esquecer os R$ 50 bilhões de emendas para fazer o devido agrado a prefeitos aliados, de olho na próxima eleição. Não existe paralelo no mundo para esse sistema distorcido.

A mais, se você é pobre, e precisa de um médico, só resta a fila do SUS; caso seja um remediado da classe média, terá um plano de saúde mediano.

No entanto, se tiver a “sorte” de ser um deputado ou senador, não precisará se preocupar com essas miudezas. Mesmo dispondo de ótimos planos de saúde e atendimento em hospitais de alto padrão, os “deputados e senadores têm direito a reembolsos médicos quase ilimitados”.

E eles não deixam barato, usam pra valer. Segundo levantamento do Uol, nos útlimos seis anos R$ 100 milhões do seu, do meu, do nosso suado dinheirinho, foi-nos arrancando para pagar reembolso médico aos senhores parlamentares.

Ponham a mão na consciência, senhores “representantes do povo”. Reduzem a própria gastança em vez de solapar os direitos de quem tem menos.

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