Sim, fui ensinada e me ler de maneira equivocada, como se o grande problema era ser imensa como sou e, portanto, pensei e quis ser menos, menor, menos vista, mas você faz com que me sinta segura em ser eu. Você faz com que me sinta imbatível, poderosa, cheia de brilho e cor… mas não por você, como uma extensão sua, mas por mim, por ser quem sou e por isso, caramba, você foi a minha retomada de fé em mim.
E não. Não, não, não, não, não! Eu não precisava de você para deixar de me distrair sobre mim, para tirar o véu da viúva de minha face, para tirar o travesseiro do meu rosto que outras mãos tentaram calar, mas você acelerou o processo de forma indolor e doce, entre risinhos e intimidade.
Você é como uma brisa leve no fim de tarde à beira do mar, você é a sensação outrora desconhecida de ser tão minimamente lida e é confiança. Você é o maior hater dos meus haters e é o mais sereno dos que eu já poetizei. Você é zelo e presença, ainda que nos dias de distância, é a resposta mútua do "saudades de você". Você é tão grande que nem parece tão pequeno, é tão fechado que nem parece tão aberto, é tão calado que nem parece tão falante e é único exatamente como é.
Você veio como um afago no caos derradeiro, é quem detém o lugar de prioridade nos meus dias.
Obrigada por ser você,
sobretudo,
obrigada por me deixar ser eu,
ainda que jure de pés juntos
e dedinhos,
que ainda se sente intimidado comigo.
Obrigada por ter lugar no seu coração,luz.
E claro,
piadas bem ruins
(essas são as melhores).