A leitura é um abrir-se de cortinas, é uma luz, no palco da vida. Sem leitura o menino ou homem feito, pouco ou nada saberá. Sem ela a menina ou mulher, não conhecerá tantos outros mundos reluzentes, à sua disposição. A leitura vem sempre acompanhada de magia, encanto, paisagens e muitas viagens.
Daí não se conceber que uma cidade - Fortaleza ou outra qualquer - viva sem bibliotecas ou outros lugares, para leituras sedutoras e benfazejas. Os livros são grandes amigos daqueles que trazem pra nossa vida, muito do que se chama por aí de felicidade. Quando se tem uma comunidade sem livros e leitura, tem-se a certeza de que os estudos continuarão mambembes e irresolutos.
O grande educador pernambucano Paulo Freire fala (em sua obra) de "leitura de mundo". Essa compreensão ampla do entorno da vida, ninguém tem sem muita leitura.
Espero que Fortaleza - que deveria puxar o carro das mudanças nesses temas - possa mudar o curso da História e ampliar seu espaço diminuto de leitura. As crianças precisam, os professores pedem, a vida exige.
Em cidades do interior, lamentavelmente, a situação (também), não é nada boa; ações simples, como um cineclube ou uma pinacoteca, nunca existem; uma cordelteca, outro equipamento barato, nada. Por que tem que ser assim? Não sei.
Falta vontade política, falta gosto pela causa da Educação e da Cultura.
Muita gente, como eu, até gostaria de ajudar, contribuir, adjutorar. Mas falta, do poder público, mais empenho, com relação a essas causas; vive-se muito de política... somente. Lamentável!