Mais de duzentos dias após a regulamentação do mercado de apostas no Brasil, já é possível traçar um panorama relevante sobre os impactos dessa nova fase. Como marca autorizada pelo Ministério da Fazenda (MF) e pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), acompanhamos de perto esse movimento e identificamos avanços significativos em diversas frentes.

O primeiro grande marco foi a definição de regras claras para a operação. A exigência de licenciamento, a cobrança de impostos específicos e os parâmetros estabelecidos para publicidade trouxeram maior previsibilidade e profissionalismo ao setor. A regulamentação também reforçou o compromisso com o Jogo Responsável, ampliando o controle sobre o comportamento dos jogadores e fortalecendo práticas de proteção, como identificação por CPF e mecanismos de limitação de gastos.

Outro ponto positivo foi o aumento expressivo na procura por casas de apostas legalizadas. O público passou a priorizar plataformas que oferecem segurança, transparência e credibilidade, elevando o padrão de exigência das empresas. Como resultado, houve crescimento na geração de empregos diretos - em áreas como marketing, TI, atendimento e compliance - e indiretos, com impactos positivos em setores como agências, audiovisual e eventos.

No entanto, ainda enfrentamos alguns desafios. Operar dentro da legalidade demanda investimentos em estrutura e compliance, enquanto plataformas não regulamentadas competem no mercado sob condições distintas em termos de obrigações legais e sociais.

Apesar das dificuldades, os avanços são evidentes. A regulamentação trouxe benefícios para o setor, impulsionou a economia regional por meio de parcerias e publicidade local e ampliou as perspectivas de arrecadação de impostos e retorno social. O caminho ainda é longo, mas os primeiros passos já apontam para um futuro mais seguro, sustentável e promissor para todos os envolvidos.