A Inteligência Artificial Generativa (IAgen) está transformando o cotidiano na educação. Essas ferramentas vêm sendo incorporadas por professores, alunos e gestores na criação de inúmeras atividades. As promessas são atrativas: economia de tempo, acesso facilitado à informação, personalização da aprendizagem e otimização de tarefas administrativas e pedagógicas.
Essas tecnologias, de fato, podem enriquecer a prática pedagógica, desde que usadas com intenção clara, criticidade e responsabilidade ética. Quando bem incorporadas, elas favorecem a inclusão ao permitir a adaptação dos conteúdos para diferentes perfis de aprendizagem, estimula a autonomia dos estudantes ao oferecer recursos para o estudo independente, dentre tantas outras possibilidades. No entanto, junto aos benefícios, há riscos importantes que não podem ser ignorados.
Ao delegarmos à IAgen tarefas ligadas à escrita, análise, planejamento e até a criatividade, abrimos espaço para a terceirização do raciocínio. E isso é preocupante. A escola deve formar sujeitos capazes de pensar por si, interpretar com profundidade e tomar decisões autônomas. A adoção acrítica dessas ferramentas pode promover a superficialidade cognitiva, a padronização das respostas e o esvaziamento do esforço intelectual.
Mais do que aprender a utilizar a IAgen, é urgente ensinar a pensar com e sobre ela. Formar sujeitos capazes de buscar, selecionar, interpretar e aplicar informações com discernimento ético tornou-se uma condição fundamental para o exercício da cidadania na era digital.
Diante desse novo cenário, é indispensável que os educadores assumam seu papel como formadores críticos, atuando como mediadores reflexivos capazes de orientar o uso consciente e ético das tecnologias no cotidiano educacional.