Logo O POVO+
Kelvia Coelho Campos de Paula: Vacinas e Fake News, como combater a desinformação sobre imunização
Opinião

Kelvia Coelho Campos de Paula: Vacinas e Fake News, como combater a desinformação sobre imunização

Informações falsas se aproveitam da insegurança das pessoas, distorcem dados científicos e alimentam o negacionismo, que, infelizmente, já provocou quedas significativas nas coberturas vacinais nos últimos anos
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Kelvia Coelho Campos de Paula. Enfermeira e docente do curso de Enfermagem do UniFanor Wyden. (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Kelvia Coelho Campos de Paula. Enfermeira e docente do curso de Enfermagem do UniFanor Wyden.

Vacinas salvam vidas. Essa afirmação, simples e direta, é respaldada por décadas de evidência científica e resultados concretos na saúde pública. Doenças como a varíola e a poliomielite, que já devastaram populações inteiras, foram erradicadas ou controladas graças à vacinação em massa. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), um dos mais abrangentes do mundo, oferece gratuitamente 19 vacinas por meio do SUS, contemplando todas as faixas etárias, desde os recém-nascidos até os idosos.

O impacto desse programa é inegável para garantir a saúde pública, pois a cobertura vacinal adequada Professor previne a disseminação de doenças e protege a população de possíveis surtos e epidemias.

No entanto, em meio a tantos avanços, o Brasil enfrenta um novo desafio: a desinformação. As fake news sobre vacinas têm ganhado força nas redes sociais e em aplicativos de mensagens, espalhando dúvidas infundadas, teorias da conspiração e medo na população.

Muitas dessas informações falsas se aproveitam da insegurança das pessoas, distorcem dados científicos e alimentam o negacionismo, que, infelizmente, já provocou quedas significativas nas coberturas vacinais nos últimos anos.

Combater esse cenário exige esforço conjunto. Em primeiro lugar, é necessário fortalecer a educação em saúde desde a base, nas escolas e nas Unidades Básicas de Saúde, promovendo informação clara, acessível e baseada em evidências. Profissionais da saúde também têm papel fundamental ao desmistificar dúvidas da população com empatia e firmeza. Além disso, é urgente que as plataformas digitais e os próprios usuários se comprometam com a checagem dos fatos, não compartilhando conteúdos de origem duvidosa ou sensacionalista.

É fundamental lembrar que a confiança na ciência e nos órgãos oficiais de saúde é o que garante a proteção coletiva. A vacinação não é apenas um ato individual, mas um compromisso com a sociedade, especialmente com os mais vulneráveis. Diante de um cenário em que notícias falsas podem custar vidas, informar-se bem é um ato de responsabilidade e amor ao próximo.

O que você achou desse conteúdo?