Resolvi reassistir Modern Love.
É diferente assistir novamente, anos depois, teledramaturgias que nos marcaram. E como é bonita a simplicidade que algumas relações têm, seja entre uma inquilina e um porteiro, ou entre amantes que por algum acaso não puderam escrever sua história juntos.
Na minha cabeça, quando menina, imaginei algumas (muitas) vezes sendo protagonista desses filmes, nos quais tinha a menina mulher bem-sucedida que correria com charme e leveza pela 34 com a 55 ou algo do tipo. Apreciar todo o glamour nova-iorquino tem lá o seu charme, mas agora flutuamos entre o apreciar e o pé no chão, no agora, a nuvem que carrega os sonhos e vai, vai subindo, logo se desfaz e tudo desmonta, entretanto, não se espatifa pelo chão. É interessante pegar cada sonho, e antes que chegue ao chão, encaixá-lo com cuidado ali no quartinho dos fundos, é saudável e propulsor, diria eu, mantê-los, mas sem floreios.
Mas bonito mesmo é conseguir enxergar a beleza nessas transformações que as relações podem ter (e têm).