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Jonas Dezidoro: A pedra fundamental de uma nova habitação
Opinião

Jonas Dezidoro: A pedra fundamental de uma nova habitação

As dificuldades encontradas tiveram como resposta muito trabalho. A virada de chave está na mudança de um modelo antes reativo, que apenas remediava déficits, para um projeto estruturante e propositivo
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Jonas Dezidoro. Secretário da Habitafor. (Foto: marcos moura/Divulgação)
Foto: marcos moura/Divulgação Jonas Dezidoro. Secretário da Habitafor.

Há marcos que simbolizam um ponto de passagem irreversível. Em menos de oito meses de gestão, presenteamos Fortaleza com o primeiro dos 15 conjuntos habitacionais em andamento. A entrega do residencial Ana Carla Pereira - Reassentamento Lagoa do Urubu celebra o Dia Nacional da Habitação, 21 de agosto, com a simbologia de uma pedra fundamental para a nova política habitacional em construção na capital cearense. E o desafio é este: elevar o patamar e transformar a nossa cidade em exemplo brasileiro no direito à moradia digna.

Os primeiros sete meses na Habitafor precisaram de profunda reorganização, correção de erros antigos e resgate da ferramenta mágica do diálogo. As dificuldades tiveram como resposta muito trabalho, a única ação possível. A virada de chave está na mudança de um modelo antes reativo, que apenas remediava déficits, para um projeto estruturante e propositivo.

Os números, que sempre falam muito, agora gritam: R$ 106 milhões em investimentos da Caravana das Periferias; conquista de um posto territorial do Ministério das Cidades; 3 mil moradias populares em construção; 40 mil matrículas de imóveis em andamento; 1.050 atendimentos mensais do aluguel social; e milhares - sim, milhares - de reuniões com moradores, lideranças comunitárias, representantes políticos e de instituições públicas e privadas.

E há mais um avanço que se avizinha, não menos importante. A Prefeitura de Fortaleza lança, ainda em agosto, a campanha de atualização do cadastro habitacional, um mecanismo que cruza dados sociais para priorizar quem mais precisa. A preço (muito caro, diga-se) de hoje, são mais de 200 mil famílias registradas no banco de informações, aguardando pela dignidade assegurada por um novo lar.

A pedra fundamental que estamos cravando no solo da habitação de Fortaleza carrega a história do idoso que tomou o primeiro banho em um banheiro digno aos 70 anos, da dona de casa que fincou a placa “a casa é minha” após décadas de insegurança, das crianças que moravam às margens de uma lagoa e agora brincam longe das doenças. Moradia não é sobre concreto, mas sobre reparação.

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