O Brasil está na linha de frente da crise climática. As recentes catástrofes naturais, como enchentes devastadoras no Vale do Aço em Minas Gerais e secas prolongadas no Nordeste, expõem a vulnerabilidade de nosso território diante das mudanças climáticas. Não se trata apenas de um fenômeno global distante, mas de uma realidade que impacta diretamente a vida de milhões de brasileiros.
Os compromisso s climáticos assumidos pelo Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), realizada em Baku, Azerbaijão, em novembro de 2024, incluindo a meta de reduzir até 67% das emissões de gases de efeito estufa até 2035, são ambiciosos, mas serão suficientes? Enquanto essas promessas são feitas, a continuidade da exploração de petróleo na foz do Amazonas permanece em pauta, suscitando questionamentos sobre as reais prioridades do governo.
O Brasil enfrenta um dilema: assumir a liderança g lobal em sustentabilidade ou perpetuar um modelo de desenvolvimento predatório? A crise climática não é apenas um problema ambiental; é uma questão social e econômica. Desastres naturais afetam desproporcionalmente as comunidades mais pobres, ampliando des igualdades e ameaçando a segurança alimentar.
A produção agrícola, tão vital para nossa economia, já sente os efeitos das mudanças no regime de chuvas. Ignorar esses sinais é um erro que pode custar caro. O momento exige ação. Políticas públicas eficazes, investimento em energias renováveis e um compromisso real com a preservação ambiental são imperativos. A COP30 em 2025 em Belém , será uma oportunidade para o Brasil liderar pelo exemplo.
Não podemos nos dar ao luxo de esperar mais. O futuro do país e do planeta está em nossas mãos. A crise climática não é uma ameaça futura; ela já está aqui. A escolha é nossa: agir agora ou pagar o preço depois