O Ceará vive um momento crítico na segurança pública. Em diversos bairros e municípios, a população convive diariamente com o medo, consequência direta da atuação de facções criminosas que desafiam o poder do Estado e a tranquilidade das famílias.
O drama é real: vidas são ceifadas, comunidades ficam reféns, e o sentimento de insegurança cresce. O governo estadual tem investido em infraestrutura — viaturas, equipamentos e tecnologia —, mas ainda há um ponto essencial negligenciado: o investimento humano. Policiais militares e bombeiros militares, que estão na linha de frente 24 horas por dia, nos 184 municípios cearenses, têm sido esquecidos nas políticas de valorização profissional.
Nos últimos dez anos, em comparação com outros segmentos da segurança pública, estes trabalhadores fardados não tiveram avanços proporcionais em sua carreira. São homens e mulheres que colocam a própria vida em risco para defender a sociedade. São eles que chegam primeiro diante do perigo, que enfrentam situações extremas para proteger cidadãos e manter a ordem.
Porém, sem a devida valorização, perde-se não apenas motivação, mas também a capacidade de atrair e reter profissionais comprometidos e preparados para os desafios diários. É por isso que lançamos a Aliança Pela Segurança Cearense — uma campanha para despertar a consciência coletiva sobre a importância vital dos policiais e bombeiros militares.
A Aliança reivindica o que chamamos de “tripé da dignidade”: remuneração com escalonamento vertical; a implementação da carga horária conforme previsto na legislação, além do aprimoramento do Código de Ética dos militares. A segurança pública de qualidade começa pela valorização de quem a constrói com coragem e dedicação. Chegou a hora de unir forças.
Governo, sociedade civil, instituições e lideranças precisam estar juntos para fortalecer esses profissionais. Um Ceará sem medo e seguro depende de todos nós…mas isso só será possível se houver respeito, investimento e reconhecimento àqueles que vestem a farda e defendem a vida, dia e noite, de cada cearense.