Tem já um tempo, o Brasil convive com um problema: a quantidade medonha de processos trabalhistas. Muitas vezes, conflitos que poderiam ser resolvidos com conversa acabam indo parar na Justiça, trazendo custos para empresas e demora para os trabalhadores. O Projeto de Lei 2677/25, que trata da mediação em conflitos trabalhistas, surge como alternativa para mudar essa realidade.
O Projeto de Lei 2677/25, cuja proposta precisa ser aprovada por deputados e senadores, regulamenta a mediação em conflitos trabalhistas, judiciais ou extrajudiciais, aplicando-se a negociações entre trabalhadores e contratantes, de forma individual ou coletiva. A ideia é simples: criar um espaço oficial de diálogo entre patrões e empregados, antes que a disputa vire processo.
Vejo a iniciativa como uma chance de se resolverem as diferenças de forma mais ligeira, sem tanto gasto e, principalmente, preservando empregos. Para o comércio de Fortaleza, onde a maioria das empresas são pequenas e médias, isso faz toda a diferença.
Claro que alguns pontos pedem cuidado. O projeto prevê, por exemplo, que o trabalhador tenha 60 dias de estabilidade ao pedir a mediação. É uma medida de proteção importante, mas precisa ser ajustada para não virar brecha de abuso. Outro detalhe é o custo: a proposta indica que, em regra, quem paga a mediação é o empregador. Para o pequeno lojista, já tão pressionado, esse peso pode ser alto. Defendemos regras mais justas, com divisão equilibrada ou apoio específico para micro e pequenas empresas.
Do lado do trabalhador, a mediação traz vantagens claras. Em vez de esperar anos por uma decisão judicial, pode receber logo o que tem direito, ou até manter o emprego com um acordo bem construído. Isso ajuda a manter renda circulando, fortalece o consumo e aquece a economia cearense.
O que queremos é equilíbrio. A CDL Fortaleza acredita que a mediação pode ser uma ferramenta moderna e útil, desde que feita com segurança jurídica para o empresário e respeito ao trabalhador. Quando comércio e empregados caminham juntos, quem ganha é toda a cidade, com mais empregos, mais vendas e mais desenvolvimento.
Enfim, mediação trabalhista: bom para o trabalhador, bom para o comércio