Na última semana, vivemos um momento profundamente transformador para o Legislativo Municipal: a primeira edição do programa "Nossa Casa é de Todos", realizado no bairro Cais do Porto, e responsável por levar a Câmara de Fortaleza para dentro das comunidades.
Ver dona Conceição, moradora da comunidade, emocionada por poder tirar seus documentos sem precisar cruzar a Cidade e receber atendimento praticamente "em cima de casa"; acompanhar a alegria da adolescente Sarah e de sua mãe, Simone, que saíram com a nova Carteira de Identidade em mãos; e garantir ao menino Luis Gustavo, de 12 anos, a Carteira de Estudante que lhe assegura o Passe Livre para ir e vir da escola sem se preocupar com o preço da passagem: tudo isso revela, na prática, o verdadeiro significado de fazer política com propósito.
A Câmara saiu de trás das paredes da sua sede e foi ao encontro da população. Levamos conosco mais de 20 serviços, sessões plenárias, atividades culturais, educativas e recreativas. Mais do que isso: levamos escuta, presença e pertencimento. Mostramos que o Legislativo não existe apenas para debater leis, mas para garantir dignidade e acesso à cidadania.
A escolha por um bairro da Regional 2 não foi ao acaso. É uma região de grande densidade populacional, onde mais de 284 mil pessoas vivem. De gente trabalhadora, que, por muito tempo, viu o poder público passar distante — ou melhor, viu passar por lá, mas do outro lado da orla, que não era a do Cais do Porto e comunidades vizinhas.
E é justamente nessas áreas que precisamos estar mais presentes. A presença de serviços como emissão de documentos, atendimentos de saúde, orientação jurídica, cultura geek, feira de empreendedores, vacinação animal e até aulas de robótica sustentável prova que é possível e necessário integrar inclusão, tecnologia, sustentabilidade e cuidado social em uma mesma ação.
Ao realizarmos uma sessão plenária na Escola de Tempo Integral Vereador Alberto Gomes de Queiroz, reafirmamos o compromisso de construir um Parlamento mais acessível e próximo. Mostramos na prática o que faz um vereador, como se votam leis, como se representa uma população. E o melhor: ouvimos nossa comunidade e demos voz às nossas crianças, representadas pela Lohane Andrade, de 11 anos, e pelo Mateus Kelson, de 14.
Ela revelou não saber "o que fazia um vereador", apesar de ter conhecimento de que ele é o agente público "que olha se está tudo certo nos bairros". O Kelson foi além e demonstrou a urgência da realização do "Nossa Casa é de Todos" para fortalecer a cidadania e devolver a autoestima às nossas comunidades.
"Aumenta muito mais as nossas chances de vencer e superar muitos icebergs que existem dentro da comunidade", ressaltou Kelson.
O programa Nossa Casa é de Todos nasce da certeza de que o poder público não deve esperar o cidadão ir até ele. É nosso dever ir até onde o povo está. E mais do que prestar serviços, nosso papel é olhar no olho, entender as dores de cada território e, juntos, construir soluções.
Seguiremos levando a Câmara para as ruas, para os bairros, para as vidas. Porque a nossa casa, Fortaleza, é de todos — e a Câmara também precisa ser.