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Conhecer a nossa história é o nosso maior poder
Opinião

Conhecer a nossa história é o nosso maior poder

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A página oficial do jornal de Nova York, o New York Times, postou uma matéria cujo título dizia que o novo símbolo da direita no Brasil era a bandeira americana e nada poderia ilustrar de maneira tão precisa e medonha o momento político em que estamos vivendo.

O Brasil é um Estado soberano, não o quintal de outro país. O nosso país é um Estado de direito, com cumprimento legislativo, e todos os cidadãos que aqui residem, todas as empresas que atuam em nosso território, devem responder às nossas leis.

No ano de 1964 o nosso país perdeu o poder para a ditadura militar, onde políticos, as forças armadas e os militares tomaram o nosso território, a nossa cultura e o nosso povo. O nosso país viveu 21 anos de horrores onde os nossos maiores roubos eram feitos dentro da casa de seu povo: vidas. São milhares de vítimas entre torturados, desaparecidos e mortos; entre homens, mulheres e crianças.

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) já reconheceu 434 vítimas, entre desaparecidos e mortos. O caso Rubens Paiva é o nosso caso atual mais conhecido, mas ele não é o único nem mesmo em sua família. 40 anos depois, 4 décadas e ainda temos vítimas que não voltaram e não voltarão, famílias marcadas que não sabem o que houve e memórias vívidas daqueles que vivenciaram direta ou indiretamente.

O processo que ocorre no Supremo Tribunal Federal (STF) atualmente é um processo histórico, pois nunca antes em nossa história houve um julgamento para responsabilizar desde generais até políticos.

Proteger a nossa democracia é sinônimo de proteger o nosso território, o nosso povo e as nossas vidas. A verdade está detalhadamente às claras, portanto, que seja feito justiça! Que os ditadores sejam não somente responsabilizados, mas que respondam pelos seus respectivos crimes para que até eles entendam que o nosso Estado é soberano, que as nossas leis existem para além de títulos e que não há preço em nenhuma delas.

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