De dia, caminho no compasso da razão. Trabalho, penso, faço piadas bobas no estilo "A Praça é Nossa", encontro respostas rápidas para quase tudo.
Sigo a rotina comum de uma mulher de 41 anos.
Mas quando o sol se apaga, algo em mim desperta.
Os sentimentos florescem, a ternura se insinua em mensagens que quase nunca
chegam a ser enviadas.
Será que todos somos assim?
Haveria, nas estrelas ou na lua, a chave
desse encanto?
Não tenho essa resposta. Apenas sei que gosto de quem me torno à noite.
Sou mais eu, intensa, viva, verdadeira.
E, ainda assim, ao amanhecer, a luz do sol devolve-me o reflexo da culpa e da vergonha, companheiras indesejadas no espelho da manhã.
As mensagens são deletadas, meu rosto esquenta de vergonha...
O calor das manhãs traz de volta a razão, e o dia caminha com menos emoção.
Quem mais se reconhece nesse mistério?
Você gosta da versão corajosa e amorosa que lhe visita na escuridão?
Que o dia passe rápido!!!
Texto escrito à noite…