Durante o mês de setembro acontece a campanha de prevenção ao suicídio e à valorização da vida, um movimento fundamental para promover o cuidado com a saúde mental e ampliar o diálogo sobre temas que, muitas vezes, ainda são cercados pelo silêncio e por tabus. É um momento significativo para refletirmos e nos conscientizarmos sobre a importância do acolhimento e da escuta diante de situações delicadas na vida de alguém.
O estigma que ainda envolve a depressão é um dos maiores obstáculos para quem vive essa realidade. Muitas vezes, ela é vista como algo passageiro ou exagerado, o que minimiza a dor de quem sofre e contribui para o isolamento. Falar nem sempre é fácil, especialmente nos dias em que tudo pesa mais do que deveria e às vezes, o silêncio parece ser a única opção. Mas ninguém precisa enfrentar isso sozinho.
Mesmo quando tudo parece escuro, há mãos estendidas, ouvidos atentos e corações dispostos a escutar. Sua presença tem valor, mesmo que agora isso pareça distante.
Nós, profissionais da saúde mental, sabemos o quanto o acolhimento e a escuta fazem diferença, mas é importante lembrar que isso pode vir de qualquer pessoa. Basta um pouco de disponibilidade e empatia para ouvir com atenção e sem julgamentos, respeitando a delicadeza do momento.
Às vezes, esse gesto simples de estar presente e ouvir pode ter um grande significado para alguém que está vivendo uma situação difícil. Ser compreendido e acolhido pode ser o impulso necessário para encontrar coragem e força para buscar ajuda profissional e iniciar um processo de cuidado.
Se você ou alguém que conhece precisa de apoio, o CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece atendimento gratuito e sigiloso, 24 horas por dia, pelo número 188 ou pelo site www.cvv.org.br