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Weimar Salazar Montoril: Defensoria e a efetivação da Democracia
Opinião

Weimar Salazar Montoril: Defensoria e a efetivação da Democracia

A Defensoria necessita de adequação aos novos tempos, maior orçamento, investimento em tecnologia, ampliação de seu quadro de pessoal, inclusive de apoio, e condições de trabalho condignas a seus membros
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Weimar Salazar Montoril. Defensor Público. (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Weimar Salazar Montoril. Defensor Público.

Mesmo nos cenários de crise democrática e de polarização social, a Defensoria Pública tem se mantido com elevados níveis de credibilidade perante a população e passado incólume pelas turbulências políticas, econômicas e institucionais. Isso tem se manifestado pelos crescentes números de atendimentos, pelo seu papel combativo e pelas vastas possibilidades de atuação.

Tal se se dá pelo fato de que seus serviços, a despeito das correntes ideológicas em disputa, sobreleva-se como de extrema necessidade à população vulnerável, notadamente, numa sociedade deveras desigual.
No Ceará, em específico, a instituição, desde 1997, ganhou maturidade, com políticas institucionais voltadas à expansão do serviço e à busca por assegurar igualdade, acesso à justiça, cidadania e justiça social à enormidade de cidadãos que lhe demandam.

No mesmo sentido, a atuação de seus profissionais alcançou elevados níveis de profissionalismo e de trabalho na defesa dos direitos de seus usuários, sendo hoje reconhecida a qualidade de seus serviços. No entanto, a essa credibilidade institucional, soma-se a necessidade de vôos mais altos, consentâneos com os desafios de uma sociedade cada vez mais complexa e em constante movimento.

Não sem razão, a Defensoria necessita de adequação aos novos tempos, maior orçamento, investimento em tecnologia, ampliação de seu quadro de pessoal, inclusive de apoio, e a disponibilização de condições de trabalho condignas a seus membros, desafios esses urgentes para a constante evolução de sua atuação, em paridade com o que ocorre nas demais instituições do sistema de justiça.

Daí porque, defensores e defensoras públicas mantém-se na permanente luta pela igualdade de tratamento reservado às demais carreiras de Estado, a fim de que a Instituição continue na vanguarda da defesa dos direitos humanos e na concretização da democracia. Afinal, sem a efetivação dos direitos consagrados na CF/88, sem o reconhecimento do papel da Defensoria nesse processo, o pretenso regime democrático mais se assemelhará a uma enunciação vazia.

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