Não. É união e tem a força irresistível da paz para impulsionar a Nação pra frente! Em nossa Carta Magna de 88, Lula, então deputado, e sua turma votaram pela constitucionalidade da anistia ampla, geral e irrestrita, beneficiando-se diretamente dela, mesmo tendo usado armas de fogo para assaltar bancos, sequestrar embaixadores e até matar! Hoje, todos eles reconhecem os efeitos positivos da anistia para a democracia e pela pacificação do País que perdurou por décadas até 8/1/23. E, então, por que não anistiar, em 2025, os atuais presos políticos quando sequer foi encontrada uma única arma com eles?
A anistia não pode nem deve virar uma mera disputa ideológica, como se fossem duas torcidas apaixonadas num clássico em final de campeonato. Podemos até ser adversários, mas jamais inimigos; somos irmãos, filho do mesmo Deus! Qualquer motivação por projeto de poder deve ser deixado de lado pois o que está em jogo são vidas humanas famílias inteiras! Quem depredou prédio público naquele tumulto, sem qualquer liderança e num domingo de recesso, deve ser devidamente responsabilizado pelos excessos!.
Mas a grande maioria - formada por idosos e mulheres - nada fizeram além de participarem da manifestação segurando a Bíblia numa mão e a bandeira do Brasil na outra. Há casos emblemáticos da cruel injustiça como o do empreendedor "Clezão", que morreu na Papuda sob a tutela do STF, mesmo tendo comorbidades e três pedidos da PGR pela sua liberdade. Débora Rodrigues, cabeleireira com dois filhinhos que, por ter pichado uma estátua com batom, foi condenada como “perigosa golpista” a 14 anos de reclusão.
A brilhante vereadora de Fortaleza Priscila Costa denunciou também o drama da conterrânea Roberta Brasil Soares, engenheira e estudante de medicina que apenas se ajoelhou e orou sem qualquer vandalismo, conforme as imagens fornecidas pelas câmaras de segurança do Senado. Mas teve sentença de 14 anos de prisão.
O Congresso precisa priorizar essa anistia imediatamente. Temos uma tradição pelo triunfo do perdão sobre a vingança e o ódio; 32, 45 e, principalmente 79 que o digam! Aliás, o constituinte respeitado, tanto pela direita quanto esquerda, Jutahy Magalhães fez esse discurso antológico: "Tenho a convicção de que o Governo deve estar sempre capacitado à concessão de anistia aos crimes de natureza política, pois muitas vezes esse direito de graça, oportunamente aplicado, poderá propiciar à sociedade e ao governo um clima bem mais saudável, com ampla abertura às crescentes possibilidades de pacificação, pelo desarmamento dos espíritos".
A anistia requer a coerência histórica, independentemente de questões partidárias. Ela é o caminho para a reconciliação nacional que tornará o "Coração do mundo, Pátria do Evangelho" apto para a sua missão planetária! Paz & Bem!