O ano era 2005 quando, na condição de professor de Literatura, me deparei pela primeira vez com uma proposta pedagógica que envolvia educação e cultura de paz nas escolas. Uma cultura de paz fortalecida, alicerçada, da postura do docente ao vocabulário utilizado.
O desenvolvimento deste trabalho era assinado e firmado por um jovem diretor cuja proposta já vinha enraizada em seu nome: Marcelo Paz. A ideia de juntar educação com uma ação intelectual que prestigiasse os grandes pacifistas, valorizando os grandes exemplos da história, era genial.
Tudo começava na sala de aula que, em vez de números em suas portas, exibia nomes — uma estratégia para fomentar uma prática pedagógica que ia além do convencional, inserindo na vida de seus alunos personalidades humanísticas, independentemente de raça, gênero ou religião. Indo de Madre Teresa a Martin Luther King Jr., passando por Gandhi, John Lennon e Jesus Cristo. Tudo isso era extremamente inovador e necessário em um século XXI que se iniciara há pouco e que clamava por paz, como ainda clama.
Essa vertente pacificadora tornou-se um dos pilares desta empresa, o Colégio Darwin, situado nesta Terra Luz de Fortaleza, e que há 25 anos esse espírito cultural e humano só se avigora, sempre embalados pela famosa canção "Paz pela Paz", de Nando Cordel, trazendo-nos a certeza de que a paz não é produto da guerra e de que, na verdade, ela começa em cada um de nós.
A escola é, por excelência, um microcosmo da sociedade. É nela que crianças e jovens não apenas adquirem conhecimentos acadêmicos, mas também aprendem a se relacionar, a resolver conflitos e a conviver com a diversidade. Nesse contexto, a cultura de paz deixa de ser um conceito abstrato e se torna uma prática essencial e urgente para a formação de cidadãos éticos, empáticos e responsáveis.