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Mauro Oliveira: O Jornal das Multidões e o Quântico "O novo sempre vem!"
Opinião

Mauro Oliveira: O Jornal das Multidões e o Quântico "O novo sempre vem!"

O DNA de Luciana pressentiu, com aquela "perspicere" Democriana herdada no olhar, que esta revolução é disruptiva. Diferente da revolução industrial que alvoroçou a instintiva quebra das máquinas, esta é silenciosamente exponencial.
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Mauro Oliveira (Foto: Mauro Oliveira)
Foto: Mauro Oliveira Mauro Oliveira

Articulista compulsivo d'O POVO desde os anos 80, veio-me à mente Alencarina e coração pulsante um longa-metragem de cumplicidade com este "Jornal das Multidões", velho companheiro de trincheira e de tecla.

Numa conversa com o Marcos Tardin, Gerente-geral da FDR, Malbec à mão (Tardin fiel ao Pinot Noir!), revisando memórias e afetos, contei-lhe como criamos n'O POVO, em 16/01/84, a coluna "Informática em Debate", pioneira no Brasil quando smathphones eram ficção e a internet um rumor distante.

Em 1984, o chefe de redação Blanchard Girão aceitava o desafio proposto por três jovens da PUC-Rio - Helano Castro, Giovani Barroso e eu. Vivíamos a efervescência tecnológica no Rio, de onde enviávamos as novidades.

Entre um brinde e outro com Tardin, falei-lhe da minha gratidão a Demócrito Dummar, e de como o IFCE lhe deve sonhos que viraram tijolos e transformações: a Escola 24 Horas; o Pirambu Digital ... etc. Demócrito, com sua sorridência afetiva, abraçando-me dizia: "as maiores loucuras são as que mudam o mundo."

Mas eis que, décadas depois, surge o ChatGPT, em 2022/23, galopando feito a maré de Saint Malô. Ora, diríeis: mais um hype?

Mais que imediato, sou convocado pela Comandante em Chefe d'O POVO, Luciana Dummar, para explicar aos diretores os impactos dessa tal IA Generativa (ChatGPT e seus comparsas), da IA Geral (a máquina flertando com a cognição humana), da Computação Quântica (um foguete impaciente diante da carroça binária) e da Singularidade, casamento em comunhão de bens da IA Geral com a Quântica, anunciado para 2030 pelos mais fervorosos.

O DNA de Luciana pressentiu, com aquela "perspicere" Democriana herdada no olhar, que esta revolução é disruptiva. Diferente da revolução industrial que alvoroçou a instintiva quebra das máquinas, esta é silenciosamente exponencial.

Pois bem, há de se considerar a velocidade com que essa nova IA se infiltra em tudo, aliado ao poderio colonizador das big techs, que erguem impérios sobre nossos dados... e energias limpas!

Ah, que falta vocês fazem, Demócrito e Belchior: "O radicalmente humano" no "novo que sempre vem".

Allez, Luciana!

Precisamos da sua liderança e visão para o Ceará navegar neste mundo quântico que já chegou, onde só quem une coração e coragem poderá guiar o humano entre os códigos.

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