Em Fortaleza, a arte navega por diferentes correntezas e sentidos, refletindo o brilho e o vento, tocando as pessoas e suas histórias. É um barco que parte da invenção para chegar à verdade, despertando emoções e movimentando os âmbitos sociais da cidade.
Le Femme Bateau, de Sérvulo Esmeraldo, funciona como uma navegação artística que comove o povo - seja em tatuagens, fotografias, curtas, camisas, designs, acessórios ou nas infinitas formas que a arte assume. As obras do artista cratense movimentam o campo social e econômico do estado, refletindo a identidade e o caráter da capital.
O filme 'A Mulher Barco', em colaboração com o Black Lab Studio e o Instituto Sérvulo Esmeraldo, "navegou" por toda a Grande Fortaleza. Ao todo, foram 24 exposições que promoviam o debate e o contato direto com a arte da Cidade da Luz. Diversas mostras foram realizadas nos Centros Urbanos de Arte e Cultura (Cuca), alcançando as comunidades atendidas e promovendo debates que inspiram o diálogo sobre arte, fotografia, cultura, urbanismo e memória.
Além dessas "viagens de barco" aos Cucas, a obra de Sérvulo chegou às salas de aula - como no Pirambu Innovation -, onde diversas crianças puderam conhecer e apreciar o poder de esculturas públicas e identidade cultural. Também atracou no Conselho de Jovens Leitores do O POVO, explorando, aprendendo e divulgando a sensibilidade artística e o sentimento de pertencimento a obras públicas na vida do cidadão. O percurso náutico encerrou-se no Instituto Crisóstomo, em um evento com coquetel e figuras cearenses como Marcelo Holanda e Márcia Alcântara.
A arte, enquanto direito humano, deve ser democrática e acessível. O impacto de uma escultura pública é imensurável: ela ensina senso crítico, pertencimento, responsabilidade e paixão. Quando a arte ocupa o espaço público, ela educa, provoca e mantém vivo o patrimônio coletivo e cultural de um povo.