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Lúcio Brasileiro: Memória viva do Ceará
Opinião

Lúcio Brasileiro: Memória viva do Ceará

Fazer colunismo há tanto tempo, com a mesma leveza, humor e elegância, é um desafio quase impossível. Setenta anos de escrita ininterrupta são a marca de uma paixão genuína pelo ofício e, sobretudo, pelas pessoas
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João Marcelo Pedrosa (Foto: Arquivo pessoal )
Foto: Arquivo pessoal João Marcelo Pedrosa

O que é, afinal, o colunismo social? Um registro de festas e encontros? Um catálogo de nomes e acontecimentos? Ou será uma forma de eternizar o espírito de uma época, de transformar o efêmero em história? Seja qual for a resposta, o Ceará tem em Lúcio Brasileiro a sua definição mais autêntica.

Fazer colunismo há tanto tempo, com a mesma leveza, humor e elegância, é um desafio quase impossível, e Lúcio o tornou uma arte. Setenta anos de escrita ininterrupta não são apenas uma marca de longevidade profissional, mas de paixão genuína pelo ofício e, sobretudo, pelas pessoas.

Desde 1955, quando começou na Gazeta de Notícias, o nome Lúcio Brasileiro, ou Francisco Newton Quezado Cavalcante, para os mais íntimos, passou a ser sinônimo de jornalismo social no Ceará.
Aproveito este espaço para enaltecer essa figura que, para mim, é referência e inspiração. Lúcio é daqueles raros cronistas que conseguem unir memória e contemporaneidade em cada linha. Sua coluna, publicada diariamente no O POVO, é mais do que uma leitura, é um ponto de encontro entre gerações.

Quem o lê sente-se parte da conversa, convidado a revisitar histórias, modas, personagens e transformações da nossa terra. De máquina de escrever à era digital, Lúcio permaneceu firme, adaptando-se com naturalidade às mudanças do jornalismo. Expert em cinema, apaixonado por futebol e dono de uma memória prodigiosa sobre Copas do Mundo e bastidores da Seleção, ele transita com a mesma leveza entre o campo e o salão, entre a crônica e a notícia, entre o ontem e o hoje.

Comemorar os 70 anos de colunismo de Lúcio Brasileiro é celebrar mais do que uma carreira, é celebrar a persistência de quem ama o que faz. Ele nos lembra que jornalismo é, acima de tudo, um exercício diário de atenção e afeto. E é por isso que Lúcio permanece, há sete décadas, como uma das vozes mais queridas e indispensáveis da imprensa cearense. Um cronista da vida.

 

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