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Haroldo Rodrigues: O digital e o novo padrão da reciclagem
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Opinião

Haroldo Rodrigues: O digital e o novo padrão da reciclagem

O digital está finalmente a serviço da urgência requerida na gestão de resíduos sólidos. Resíduo não é lixo, é dinheiro. E dinheiro é digital, é disruptivo, desmonetizante, desmaterializante e democrático. O digital é pop
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Haroldo Rodrigues

Sócio da Investidora INTR3S Capital

Já reparou que um novo padrão surge quando pontos são conectados.

O padrão atual do impacto não é mais ser declarado, ele deve ser detectado e medido. O impacto social e o impacto ambiental agora não dependem de alegações, mas de dados verificados. Esse é o grande desafio dos negócios, avaliar e medir as suas boas práticas social, ambiental e de governança.

O momento requer sistemas que transformam dados em impacto ambiental seguros com alto grau de financiamento e, ao mesmo tempo, gerar impacto social relevante.

O digital está finalmente a serviço da urgência requerida na gestão de resíduos sólidos. Resíduo não é lixo, é dinheiro. E dinheiro é digital, é disruptivo, desmonetizante, desmaterializante e democrático. O que costumava ser invisível agora é rastreável, mensurável e responsável. O digital é pop.

Do oriente ao ocidente, de norte ao sul, a mesma verdade é aplicada: a prevenção é mais rápida, barata e justa do que a remediação.

Ocorre que a tecnologia digital por si só não é suficiente.

A verdadeira oportunidade está em conectar as pessoas a essa tecnologia: geradores, transportadores e recicladores que mais precisam de soluções circulares, porque o resíduo não é apenas um insumo da indústria, é humano.

Está nas embalagens que desperdiçamos, nos aterros sanitários que construímos, nos lixões e nas soluções de eficiência sistêmica que continuamos adiando.

E à medida que novas regras são escritas, ferramentas digitais são criadas e ferramentas de rastreabilidade surgem. Uma coisa fica cada vez mais clara: os próximos avanços da humanidade não virão somente de compensações, mas do fechamento de ciclos circulares construídos com base na eficiência que reduzem o desperdício e as emissões de gazes de efeito estufa.

É essa a crença que sustenta que a circularidade é onde o impacto se torna mais inclusivo, onde o financiamento da reciclagem constrói a dignidade das pessoas e dos seus territórios.

A cada dia, pouco a pouco, uma nova história da reciclagem lembra que esse desafio realmente está conectado. É aqui que a história e o novo padrão da reciclagem começam.

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