O dominionismo passou a influenciar a política no Brasil.
Tem origem religiosa e defende que grupos cristãos devem "dominar" ou controlar áreas centrais da sociedade — como política, educação, justiça, mídia e cultura — para impor valores bíblicos ao conjunto da população.
O problema não é a fé, mas é muito perigoso uma crença se transformar em projeto de poder, enfraquecendo a democracia, o Estado laico e o direito de cada cidadão pensar e viver de forma diferente.
O dominionismo nasceu nos Estados Unidos e ganhou força em setores evangélicos conservadores. No Brasil, encontrou terreno fértil com o crescimento político de lideranças religiosas que misturam discurso espiritual com estratégia eleitoral. Usa linguagem emocional e moralizante: "guerra espiritual", "salvar a nação", "restaurar valores".
Essa ideologia atua por meio da ocupação de cargos públicos, pressão sobre o Congresso, uso de igrejas como palanques eleitorais e disseminação de medo e desinformação. O objetivo é substituir o diálogo democrático por uma visão única de mundo. Quem discorda é tratado como inimigo de Deus, da família ou da pátria.
Com as eleições de 2026 se aproximando, cabe alerta ao enorme perigo!
O dominionismo não se apresenta de forma explícita. Ele se esconde em discursos de "bons costumes", "autoridade divina" e "ordem moral", mas seus efeitos podem ser graves: exclusão de minorias, restrição de liberdades, enfraquecimento da Constituição e risco de autoritarismo.
Defender a democracia não é ser contra a religião. É proteger o direito de todos viverem sob leis justas, iguais e laicas. Vigilância, informação e voto consciente são hoje as melhores defesas contra projetos que ameaçam transformar a fé em instrumento de dominação política.