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O pertencimento do público ao espaço museal
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Opinião

O pertencimento do público ao espaço museal

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A relação entre o público e os museus, na maioria das vezes, se estabelece por meio da contemplação. Isso pode ser observado na própria história dessas instituições, cujo surgimento está associado à abertura das coleções da família real para exibir suas riquezas aos nobres. Com o passar do tempo, esse modelo evoluiu para um processo de abertura ao público em geral. Na atualidade, tal estrutura conta com núcleos educativos responsáveis por mediações. Contudo, até que ponto a população realmente se percebe como parte integrante desse espaço?

Pensar em pertencimento vai além da observação ou de uma simples visita. Envolve considerar uma ocupação ativa do espaço, como exemplificado na exposição "Museu nos Bairros: O sol nasce no meu bairro". Nessa iniciativa, alunos das escolas municipais de Fortaleza participaram de oficinas relacionadas à fotografia, da técnica artesanal à fotografia digital, bem como de um processo formativo que aproximou escola e museu. Como resultado, foi aberta uma mostra no Museu da Fotografia Fortaleza, em que os estudantes puderam retornar ao espaço, ver suas próprias produções e compartilhar vivências.

A ocupação do museu para além dos artistas já expostos, ampliando olhares e favorecendo a integração entre diferentes públicos, possibilita uma educação interativa e presencial. Seja por meio da participação em exposições, projetos ou oficinas, é fundamental fomentar ações que alcancem toda a população, em seus diversos níveis e contextos sociais.

Outro aspecto que fortalece o pertencimento do público ao espaço museal é a existência de formas acessíveis e facilitadas para o agendamento de visitas ou projetos com escolas, ONGs e outras instituições que atendem a comunidade, funcionando como uma ponte para o acesso e a troca entre diferentes públicos e o museu.

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