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Viviane Mosé e o papel da educação e da arte no mundo pós-pandemia
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Viviane Mosé e o papel da educação e da arte no mundo pós-pandemia

| FILOSOFIA |Poeta, filósofa, psicóloga, psicanalista e especialista em elaboração de políticas públicas capixaba Viviane Mosé aborda o papel da arte no mundo contemporâneo e as possíveis sociabilidades pós-pandemia
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Viviane Mosé  é poeta, filósofa, psicóloga, psicanalista e especialista em elaboração e implementação de políticas públicas.  (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Viviane Mosé é poeta, filósofa, psicóloga, psicanalista e especialista em elaboração e implementação de políticas públicas.

Na casa de Anselmo e Joêmia Mosé, localizada na capital do Espírito Santo, os cinco filhos do casal ouviam atentamente as explicações do pai sobre o processo de respiração celular. O conhecimento, adquirido com muito esforço e noites em claro debruçado sobre os livros, era transmitido aos descendentes na hora do almoço. Mitocôndrias, leituras, cálculos, história do Brasil… Tudo era partilhado na mesa da cozinha, entre garfadas de feijão. No lar da poeta, filósofa, psicóloga, psicanalista e especialista em elaboração de políticas públicas capixaba Viviane Mosé, saber era alimento cotidiano.

Doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e sócia da Usina Pensamento, Viviane Mosé realiza palestras sobre educação, cultura, sociedade e ensina filosofia com paixão em suas redes sociais e na televisão. Para Viviane, a construção do conhecimento é, sobretudo, coletiva.

O POVO: Como foi o início da sua trajetória estudantil, ainda no Espírito Santo?

Viviane Mosé: Minha primeira escola foi uma escola pública. A primeira escola particular que eu estudei foi a partir do terceiro ano, chamava-se Obras Pavlovianas e era religiosa. Meus pais tinham cinco filhos e quatro estavam fazendo vestibular, então era muito difícil essa coisa financeira. Quando eu saí dessa escola de padres, fiz uma seleção e fui bolsista na escola particular no Ensino Médio. Eu sempre fui muito estudiosa para ajudar meu pai porque ele era duro, era difícil para ele pagar escola. Passei no vestibular em segundo lugar com 16 anos.

OP: Qual a influência do seu pai, Anselmo Mosé, no seu desejo de aprender?

Viviane: Meu pai era dentista prático, ele era um tipo de protético que fazia outros serviços desde criança. Ele aprendeu com outro dentista prático e exerceu essa profissão a vida inteira. Meu pai tinha o consultório lotado, todo mundo o admirava! Ele era uma pessoa adorável, inteligentíssimo, brilhante, muito estudioso. Eu estudei para agradá-lo, meu ídolo. Na mesa da minha casa, o assunto era mitocôndrias na hora do almoço! (risos). A gente discutia obras de grandes autores que ele gostava de ler... A gente morava no subúrbio e as pessoas saíam de bairros nobres para se tratar com ele justamente pelos papos que ele batia. A família do meu bisavô Mosé chegou ao Brasil como imigrante, mas ele não era agricultor — meu bisavô era um cara da fala, meio anarquista, uma cabeça completamente fora do padrão. Meu pai carregou isso em si. Ele fez o primeiro e o segundo grau em supletivo já que não podia ir estudar porque o pai dele era duro, mas quando ele resolveu estudar foi o único cara no Espírito Santo que fez os ensinos Fundamental e Médio em tão pouco tempo. Eu acordava de madrugada para tomar água e meu pai estava estudando, minha mãe passando um café para ele. Eu cresci com meu pai tentando explicar para gente as coisas para ele mesmo aprender, então eu que morava no subúrbio tive acesso a um conteúdo elaborado dentro da minha casa.

OP: O seu interesse por filosofia se consolidou na universidade?

Viviane: Eu fiz Psicologia na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e a primeira aula foi de Filosofia. Eu fiz Psicologia por exclusão, vi tudo que eu não queria e sobrou Psicologia... Eu não sabia direito o que era, eu só sabia que dizia respeito à filosofia e ao ser humano. Como a primeira aula foi de Filosofia, eu me apaixonei e fiz o curso de Psicologia inteiro apaixonada: o professor começou dizendo "Todo mundo sabe que penso, logo existo; e eu vou apresentar para vocês o existo, logo penso". Ele falou que a Psicologia trabalha com "existo" mais que com "penso". Nesse dia, aos 16 anos, comecei a estudar Existencialismo e me tornei monitora desse professor. Fiquei quatro anos da faculdade como monitora em Filosofia. Meu curso de Psicologia foi todo feito e dirigido para a filosofia.

OP: Além de filósofa, psicóloga e psicanalista, a senhora também é especialista em elaboração e implementação de políticas públicas. Como se construiu sua atuação política?

Viviane: Eu fiz muita política na universidade. Fui presidente do Centro Acadêmico da Psicologia, falava nas assembleias lotadas, tive uma carreira na política na universidade e depois na política cultural. Eu sempre fui extremamente ativa política e culturalmente na universidade, o que eu mais fiz na universidade foi política cultural e partidária. Eu sempre digo que você aprende mais nos corredores. Isso é muito marcante na minha formação. Desde os 16 anos eu sou atuante, militante e ativista de causas sociais, ambientais, culturais. Junto a isso, muito, muito estudo. Desde o início do curso eu só tirava boas notas e, aos 20 anos, já apresentava trabalhos com os professores em congressos científicos. Quando eu terminei minha faculdade de Psicologia, eu fazia teatro e estava muito na área cultural… Fiquei uns dois anos tentando descobrir o que eu queria fazer com aquele curso e logo depois fiz uma especialização em elaboração de políticas públicas também pela UFES. Eu sempre costurei militância com formação acadêmica séria, porque sou muito estudiosa.

OP: Na década de 1990, a senhora se mudou para o Rio de Janeiro para fazer pós-graduação no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)...

Viviane: Em 1992 eu entrei no Mestrado em Filosofia da UFRJ. É importante destacar que fiz a minha formação estudantil em escolas particulares, mas academia foi totalmente em federais e me orgulho muito disso! Passo a vida inteira me alimentando da minha formação na universidade pública. Eu passei em primeiro lugar em duas universidades aqui do Rio: na PUC e na UFRJ. Tive bolsa nas duas, mas não tive dúvidas e fui para a UFRJ por opção e por paixão. Lá eu fiz Mestrado e Doutorado. Quando defendi o Doutorado em 2004 eu já era conhecida, já tinha uma carreira, já era Viviane Mosé.

OP: Entre 2005 e 2006, a senhora apresentou o quadro "Ser ou não ser" no Fantástico, onde abordava temas filosóficos em uma linguagem cotidiana. Atualmente, é colaboradora do Encontro com Fátima Bernardes. Como aconteceu esse ingresso na televisão? Qual é a importância de tornar a filosofia mais acessível?

Viviane: Eu também tenho outra carreira: sou poeta. Quando cheguei ao Rio, entrei no CEP 20.000 — um centro de experimentação poética do Rio à época coordenado pelo Chacal — e me tornei uma poeta muito conhecida. O CEP existe há mais de 40 anos e eu fiz parte desse movimento ativamente, então me tornei famosa pelo CEP. Conheci o Pedro Bial em eventos de poesia e comecei a dar aula de filosofia para outros artistas, então a Glória Maria foi minha aluna. Assim entrei no Fantástico. Alguns alunos meus foram Vladimir Brichta, Camila Pitanga, Christiane Torloni… Durante dez anos eu dei aula para famosos. Hoje, dou aula na casa da Vanessa da Mata. Depois do Fantástico, eu era reconhecida na rua por porteiros que me diziam "Eu nunca achei que eu pudesse entender uma coisa difícil e a senhora faz eu entender". A gente recebia cartas escritas à mão! Aprendi o que sei na mesa de um almoço e sempre tive isso mim: conhecimento tem que ser distribuído no almoço, conhecimento não precisa de uma sala de aula e de um catedrático. Na minha casa, o conhecimento era posse nossa. Meu pai falava do que aprendia como posse, como arma, como ferramenta. Era muito bonito isso, conhecimento não era distante, era muito próximo.

OP: Abordando agora atualidades, Viviane, o mundo enfrenta uma crescente negação da ciência — dos terraplanistas aos antivacinas. Em sua leitura, como esse processo se desencadeou?

Viviane: As pessoas negam a ciência porque a ciência se isolou. Não se deve negar a ciência, eu não estou defendendo a negação da ciência de jeito nenhum, isso é um delírio! Mas esse movimento nasceu também por erro da ciência. A academia e a ciência se isolaram da população e esse movimento gerou bolhas. Vou dar um exemplo: entraram negros na academia por conta das cotas e a academia se revoltou porque é elitista. Não é da universidade brasileira pública que estou falando — a universidade pública a melhor coisa que o Brasil tem —, mas a cultura intelectual brasileira é uma cultura de baixa autoestima. O brasileiro acha que só quem tem grande capacidade intelectual é o estrangeiro, o europeu branco. Felizmente a Internet quebrou isso, mas essa democratização fez os acadêmicos se sentirem feridos, agredidos. A academia no Brasil tem um grande sofrimento porque o Brasil é um País que, nas décadas de 1930 a 1950, estava caminhando para intelectualidade bem bonita e com o regime militar na década de 1960 teve alguns dos seus intelectuais exilados como comunistas. A sociedade brasileira dos anos 1960, especialmente no auge do regime em 1968, expulsou seus melhores intelectuais. O Brasil não se orgulha da inteligência própria, é um País que gosta de repetir e que tem vergonha de ser inteligente. Foi isso que aconteceu no Brasil e meu papel político se tornou e ainda é pegar o conteúdo mais difícil e tornar o mais simples. Esse é meu objetivo de vida, educar com sofisticação.

OP: Como os negacionistas afetam a sociedade? Nesse ínterim, o que é a guerra da informação e quem disputa o poder da fala?

Viviane: A disputa de quem fala é a guerra da informação. A guerra da informação é a arma letal que destrói a informação, a bomba que mata informação. Hoje, no Brasil, a informação está matando pessoas — nós temos uma campanha de difamação da ciência e da Organização Mundial da Saúde e uma informação que diz para as pessoas que a Covid-19 não é uma doença que mata, que é "uma gripezinha". A maior referência de guerra da informação, hoje, é o Brasil: por uma questão político-partidária do presidente Bolsonaro, uma questão de poder pessoal, o presidente está colocando a vida das pessoas em risco. O presidente joga com informação, não usa máscara... A bomba que mata não é o coronavírus, o que mata é a fake news sobre o coronavírus. Coronavírus mata como as doenças matam, mas a gente poderia ter tido uma reação completamente diferente no Brasil. Isso acontece porque o poder sempre foi determinado pelo saber — quem disse isso foi Michel Foucault. O poder está sempre vinculado a um tipo de saber, ele existe como controle social. A gente tinha uma coisa chamada verdade. O que é verdade e o que não é verdade era determinado pelas universidades, pelos centros de ciência, pelas editoras de livros... Nesse modelo de conhecimento, era um grupo econômico que estava por trás dessas universidades e pesquisas. A ideia de verdade e do que é verdadeiro sempre foi um modo de manipulação. Com a Internet, a gente vive a pós-verdade. Todo mundo tem voz e tem direito a ter voz, só que isso relativizou demais as coisas e relativizou tanto que hoje têm pessoas que acreditam que a Terra é plana e estima-se que 30% da população não vá tomar vacina porque acha que vacina é um problema. A guerra da informação é consequência da relativização da verdade, mas a verdade nunca foi absoluta.

OP: Quais são as estratégias possíveis para combater o avanço da desinformação?

Viviane: Uma sociedade que pensa é menos vítima de fake news. O Brasil é uma sociedade que repete — eu estou falando das escolas particulares da classe A. As escolas da elite brasileira formam repetidores, eu sei disso porque trabalho com todas as escolas. A escola pública não é pior que a particular, a escola pública atende pessoas muito pobres que têm fome, mas ela não é pior que a particular. A escola particular tem sala de aula, tem mais equipamentos, mas ela é horrorosa. A escola particular forma gente que não pensa. Para mudar isso, nós temos que transformar a educação brasileira e sair desse lugar passivo, pois o passivo é manipulado, para o pesquisador. Ou nós formamos alunos pesquisadores, ou não nos livraremos das fake news. Alunos pesquisadores não são levados por fake news.

OP: Em suas obras, a senhora afirma que "a arte nos resgata a vida". Enfrentamos, entretanto, um intenso desmonte artístico no País. Quais as consequências desse negligenciamento na construção do imaginário social?

Viviane: O desmonte artístico, ele sim, me preocupa. O desmonte da ciência não me preocupa porque ela precisava ser desmontada para se reconstruir mais ampla, menos polarizada, menos controlada pelos poderes financeiros. A ciência precisava desse solavanco que está vivendo porque foi de braços dados com uma ciência sem consciência de classe que a gente destruiu o meio ambiente. É um solavanco difícil, mas necessário. As artes, porém, estão sendo destruídas de tal maneira que vai colocar em questão a sobrevivência humana. O maior sofrimento do mundo hoje é psíquico: a OMS aponta que, no século XXI, a doença mais incapacitante é a depressão. O suicídio é a segunda maior razão de morte de jovens no mundo há décadas… Somos uma sociedade medicada, deprimida e suicida. Isso é falta de arte. A arte resgata a vida, só a arte dá sentido à existência. Mas paramos de procurar o sentido na música, na poesia, na arte para procurar o sentido na lógica e na razão. Ninguém utilizando lógica e razão explica a vida. A vida não se explica, a vida se sente, se percebe. Nós não entendemos e nunca entenderemos o existir, nascer e morrer, então só a arte nos salva. Nós temos que resgatar o domínio do sagrado e da arte, porque a arte está no domínio do sagrado. Necessitamos da arte para salvar os nossos jovens do suicídio, nossos adultos da depressão. Mais que a ciência, nossa espécie existe em função da arte. A ciência produziu medicações psiquiátricas extremamente competentes, a psicofarmacologia revolucionou o final do século XX, só que as medicações competentes nos fizeram terceirizar a angústia. No lugar de sentir angústia, toma-se uma medicação e depois e outra... Depois já são 20 anos de medicação psiquiátrica. A ciência não tem condição de oferecer algo que nos faça querer a vida, desejar e amar a vida. O humano precisa amar a vida e isso quem nos dá é a arte. A arte, a família, a convivência, a relação com o tipo de sagrado — de preferência sem nenhuma instituição religiosa —, a filosofia, a literatura, a música, a dança, o cinema, as artes plásticas; tudo isso é fundamental para gente sair desse buraco em que a gente está. Uma pessoa sem artes e sem filosofia, com o mundo desabando, ao que ela vai recorrer? Ela vai querer bolsa, sapato e medicação psiquiátrica.

OP: Já é possível entrever novos modos de sociabilidade pós-pandemia?

Viviane: A gente não tem muito como saber o resultado disso, já que é muito individual e cada um tem uma relação diferente com essa pandemia. Eu tenho certeza que as mudanças serão radicais: teremos um outro mundo. Não será um outro mundo daqui a um ano, daqui a um ano a gente nem terá saído ainda da pandemia possivelmente. Não é que o mundo mudará assim que acabar a pandemia... Depois que acabar e a gente for voltando à sociedade, a gente vai ser diferente e vai perceber isso aos poucos. Isso tudo vai produzir uma mudança de comportamento enorme e espero que seja muito favorável — não estou dizendo que ela vai ser favorável, estou dizendo que ela vai acontecer. Nós estamos passando por uma situação radical no mundo e situações radicais criam grandes transformações. Que elas virão, elas virão. Não tenho dúvidas. Nós é que precisamos ter clareza que essa mudança virá e temos que remar o barco para o lado certo. A mudança será favorável dependendo da nossa ação, da nossa militância. A gente tem que lutar muito para que esse novo mundo que vai nascer não vá para lugares que a gente não queira. Eu sou otimista e acho que grandes coisas vão acontecer.

OP: Algumas transformações já estão em curso…

Viviane: A primeira coisa que já está mudando, objetivamente falando, é que nós aprendemos que não precisamos ir tanto para a rua. Nós podemos trabalhar em casa. Grande parte já está voltando ao trabalho, mas muitas empresas estão dando a opção aos funcionários de trabalharem de casa, outras inclusive estão fechando seus escritórios físicos. Trabalhar de casa envolve primeiro que as pessoas vão ter tempo para os seus filhos, é fundamental voltar para casa! Vamos brigar pelo direito de trabalhar em casa e regulamentar esse trabalho — tem que ter lei, horário de trabalho estabelecido, não receber e nem responder e-mail depois do expediente… Mas trabalhar em casa resgata a família. Os filhos precisam de presença, não de escola. Grande parte do mundo vai continuar trabalhando em casa e isso vai gerar diminuição do trânsito, diminuição da poluição, diminuição do estresse... Isso é uma coisa muito boa que está nascendo e a gente tem que lutar por ela. Adoraria convencer cada pessoa que nos lê a voltar para o trabalho dizendo "Eu não estou funcionando em casa? Então, por favor, vamos fazer isso acontecer". Com a pandemia, nós descobrimos que temos famílias. Alguns se separaram, mas é importante ter a presença e o convívio familiar. Brigando mais, se separando mais ou se entendendo, agora o que não dava mais era a gente fingir que tinha uma família e cada um só se ver à noite com celular na mão. Outra mudança fundamental é que vamos descobrir o valor do outro, da presença, do abraço, do olhar. Antes, nós estávamos lá fora, mas andávamos com o celular na mão, vivemos na rede de computadores, estava fazendo fotos do almoço para postar... Nos arrancaram o mundo e nos reduzimos à vida virtual porque foi a única coisa que sobrou, então quando sairmos disso vamos voltar a sentir prazer em estar do mundo, em descobrir o mundo, em tomar café em pé batendo papo com amigos nos botequins. Acredito que tudo isso vamos resgatar a presença, o convívio. A gente não tem que conviver em paz, eu não gosto da ideia de paz que parece uma coisa morta: temos que conviver, em paz às vezes e em conflitos às vezes. O perdão é o nosso vínculo. Sairão muitas humanidades da pandemia e eu espero que a maioria goste da vida e defenda os direitos humanos.

 

YouTube

Toda terça-feira, Viviane Mosé apresenta o quadro "E agora?" no canal Usina Pensamento no YouTube. A capixaba aborda de filosofia à vida cotidiana.

Livros

Viviane Mosé também é escritora. Aos leitores interessados nos temas abordados nesta entrevista, a autora indicou sua obra "A espécie que sabe: do Homo Sapiens à crise da razão", publicado em 2019 pela
Editora Vozes.

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