Professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Letícia Cesarino aprofunda em estudo recente sua pesquisa sobre o bolsonarismo e seus desdobramentos nas redes sociais.
Para a antropóloga, as eleições de 2022 sugerem que, embora os aliados do presidente tenham nadado de braçada no âmbito digital apenas quatro anos atrás, agora não estão mais sem concorrência nesse mercado.
“A direita não está mais jogando sozinha nesse campo”, afirma Cesarino em entrevista ao O POVO por videochamada.
Segundo a pesquisadora, partidos e coletivos de esquerda começaram a ocupar espaços estratégicos nas redes nas disputas deste ano. Como exemplo, cita o “janonismo” (em alusão ao deputado federal André Janones), uma experiência de enfrentamento direto com o bolsonarismo que recorreu a táticas semelhantes às do adversário nesse território, mas respeitando certos limites éticos.
Autora de O mundo do avesso: verdade e política na era digital (Ubu), obra recém-lançada mas já de referência para compreender as tensões políticas contemporâneas no Brasil, Cesarino reflete ainda sobre o processo de radicalização de extratos sociais que contestam o resultado das urnas.
“Quem tem uma mídia paralela vive num mundo paralelo. Isso é fato, porque eles não têm acesso à realidade fora dessas mediações”, analisa a cientista, referindo-se aos grupos que acampam na frente de quartéis neste momento.
Leia a seguir a entrevista na íntegra.
O POVO – Qual o papel que a infraestrutura das redes sociais tem na formação de um cenário como este de agora, com forças políticas conservadoras já amplamente difundidas?
Leticia Cesarino – Não é um papel só. Nas diferentes etapas que tivemos de emergência e crescimento dessa nova direita no Brasil, em todas elas a internet teve um papel. Desde o início, no Orkut, temos trabalhos mostrando como essa nova direita liberal, com Rodrigo Constantino e Olavo de Carvalho, por exemplo, lá atrás, com a internet antes da plataformização, já tinha um papel numa mídia nova. Isso se repete na história. Quando uma mídia nova surge, os primeiros a se apropriarem mais dela, desenvolvendo uma expertise, são pessoas que se veem como grupos políticos estando à margem do sistema estabelecido. A partir da inflexão da plataformização, da web 2.0, depois de 2008, a gente tem um salto visível, que no Brasil acaba reverberando nas eleições de 2018, que é o modo como o modelo de algoritmização das plataformas propiciou não uma emergência, porque não é como se não existisse antes, mas uma emergência na esfera pública e um crescimento dessas identidades que não se sentiam reconhecidas nem no espectro político convencional e nem na direita. E isso permite que elas emerjam, se articulem entre si e formem um público, como aquele eleitorado do Jair Bolsonaro. Então, num primeiro momento, essa mídia permite um movimento de expansão. Agora, o que estamos vendo quatro anos depois desse governo é um pouco diferente. Porque as pessoas que estão nas ruas hoje claramente pertencem àqueles segmentos mais radicalizados e extremistas dentro da própria direita bolsonarista, não constitui aquela totalidade do corpo de eleitores. Essa direita bolsonarista sempre cobriu vários segmentos, é um espectro amplo, desde os mais radicalizados até os mais moderados. Em 2018 houve um crescimento para todos os lados. Agora, não, o que a gente vê é que essa mídia está servindo mais àqueles segmentos mais extremistas que estão nessas multidões, que a gente via online no nosso monitoramento. São eles que estão indo para as ruas e que pretendem ficar lá possivelmente até a posse do Lula. Ou seja, o que define esses segmentos acredito que seja a adesão a essa tese da fraude nas urnas, da fraude eleitoral nas suas diferentes variações. É preocupante, porque significa que são segmentos de pessoas ali que de certa forma já desengajaram quase que completamente da esfera pública convencional. Porque não confiam mais na imprensa, na academia, nas instituições e estão fazendo esse apelo mais direto às forças armadas para que elas intervenham. E é essa internet que oferece os espaços para eles estarem se articulando, se expressando. Sem essa mídia, acho que dificilmente a gente teria esses movimentos nessa proporção. Claro que esse tipo de movimento sempre existiu, mas o que essa infraestrutura de mídia permite é a expansão e principalmente a articulação entre pessoas e grupos que de outras formas estariam fragmentados, não formariam esse corpo, essa força política tão visível como a gente está vendo aí.
OP – As redes ajudaram a organizar o que já existia em gérmen há uns 15 anos, pelo menos.
Cesarino – Elas organizam e fazem vir à tona o que talvez tivesse permanecido só como latências, insatisfações, desconfianças. Mas, para isso virar uma identidade positiva como virou, é necessária essa mídia, é necessário um canal para que essas pessoas se articulem e construam os seus próprios símbolos e seus próprios slogans. Tanto a internet, as infraestruturas de mídia, quanto Jair Bolsonaro como liderança populista em 2018 foram bastante importantes para ajudar a formar essa identidade da direita. Porque eles se reconhecem como direita, não reconhecem o rótulo da extrema-direita. Eu uso extrema-direita.
OP – A senhora falou dessas pessoas que estão na frente dos quartéis contestando o resultado das urnas e se organizando, mas também comemorando notícias falsas, como a da prisão de Alexandre de Moraes. Parecia que havia ali um tipo de comunicação entre elas que é descolado da realidade.
Cesarino – Quem tem uma mídia paralela vive num mundo paralelo. Isso é fato, porque eles não têm acesso à realidade fora dessas mediações. Como a gente não está no público deles, a gente vê o que eles estão vendo, e o que estão vendo é uma imagem de um espelho que é o tempo todo devolvida para eles. Isso em parte tem a ver com os algoritmos, que personalizam a realidade para cada usuário e para cada segmento, mas não apenas os algoritmos sozinhos. Eles têm uma ideia de confirmação, isso é fato, mas nós também temos isso quando navegamos. Para além do viés de confirmação dos algoritmos, uma questão que existe nesse público são os influenciadores de várias ordens, de dono de canal no Youtube ao perfil no Telegram e Instagram, além de influenciadores “camuflados”, como chamamos no nosso projeto de pesquisa. Eles passam como pessoas comuns, mas têm um nível de atividade incrivelmente alto, mais alto do que o do usuário comum que está ali. São esses mediadores, a gente acredita, que fazem o papel mais importante para segmentar esse mundo paralelo. Não são os algoritmos sozinhos. E fazem isso não só bifurcando redes, ajudando a separar os públicos, mas produzindo conteúdo e material que visibiliza esse mundo paralelo dele. Por exemplo, neste momento muitas pessoas ali acreditam que há milhões de pessoas na Esplanada dos Ministérios e que vão ficar lá até a posse do Lula, que é quando eles esperam que as forças armadas intervenham. Eles têm certeza de que o Lula não vai tomar posse. Porque elas veem aqueles vídeos e imagens, e para elas fica verossímil a tese de que elas estão certas e que efetivamente o Lula não vai tomar posse. Com tanta pressão assim e com tanta gente nas ruas? Eles realmente acreditam que eles são o povo, as pessoas que estão ali filmando e coagindo os ministros do Supremo se sentem autorizadas para isso. Porque a imagem do mundo que eles têm é essa e que existem milhões de brasileiros que são como eles e representam de fato a imagem da maioria. E é a internet que devolve essa imagem para elas, porque não tem milhões de pessoas acampadas na Esplanada, em Brasília. É um púbico que realmente já está separado do público convencional, não tem mais o que a gente chama de feedback negativo, que são esses contrapontos que vêm e forçam a gente a rever e diversificar a dieta de informação, para ver a realidade um pouco mais próxima do que ela realmente é, que é complexa. Para eles é tudo muito simples, porque eles têm essa imagem sendo devolvida e uma expectativa sendo contemplada o tempo todo. Aquilo vai se reforçando e separando essas pessoas cada vez mais do nosso público. E esse é o peso que a internet tem. Não é que essas pessoas estão isoladas numa fazenda ou acampamento, igual a uma seita clássica. Elas estão no meio de nós, estão na cidade, e mesmo assim têm essa imagem de um mundo paralelo. Elas veem um mundo que é praticamente o inverso do que a gente vê. Para eles nós somos os golpistas e as forças armadas estariam plenamente justificadas para intervir, porque o golpe já está em andamento, que seria esse golpe do Alexandre de Moraes, do TSE, do Lula. Por isso eles se veem como democratas. Quando falam das quatro linhas da Constituição, é isso que eles entendem. É o artigo 142, que autoriza a intervenção das forças armadas para restituir a democracia, que está sendo atacada por essa eleição fraudulenta que elegeu o Lula.
OP – Isso tem relação direta com o que a senhora chama de crise do sistema de peritos, quando nem imprensa nem Justiça nem Congresso servem mais como parâmetro para esse público?
Cesarino – Exatamente, é a crise que alguns chamam de crise dos intermediários e dos mediadores que prevaleceram no mundo pré-digital. Não é que eles perderam importância, a imprensa, a academia etc. Não é isso. É que essa internet permite a construção desse público paralelo. Boa parte desses influenciadores dessa extrema-direita na internet tem como modelo de negócios se contrapor ao nosso público: se contrapor à grande mídia, aos acadêmicos, aos especialistas, aos partidos, às instituições, porque é assim que eles formam o público deles. Sob a alegação de que ali, naqueles canais, naqueles grupos, as pessoas vão ter acesso ao que realmente está acontecendo no Brasil e que estaria sendo escondido por esses mediadores convencionais, digamos assim, nos quais essas pessoas sentem cada vez menos confiança. Possivelmente são pessoas que já tinham algum tipo de desconfiança. Todas essas instituições têm seus problemas, essa crise já vinha antes dessa internet. Mas uma coisa é ter uma crise e resolver dentro da própria estrutura onde as coisas funcionam, outra coisa é ter uma estrutura paralela para onde as pessoas vão buscar uma solução para essa crise nesses discursos simplistas de teoria da conspiração e intervenção, em que as pessoas têm uma ilusão de que haveria uma resposta fácil para esses problemas. É um público que atrai porque fala a linguagem do senso comum, principalmente esse senso que ressoa mais uma sensibilidade religiosa. A linguagem do cristianismo evangélico neopentecostal é muito parecida com as teorias da conspiração que circulam ali. Há grandes segmentos da população brasileira que têm uma certa predisposição para ser atraído por esse tipo de discurso.
OP – O silêncio do Bolsonaro depois da eleição teve papel importante para alimentar essas teses?
Cesarino – Com certeza, porque o silêncio do líder não é que não tem nada acontecendo. Tem uma coisa acontecendo nos bastidores. O silêncio é complementado, nesses públicos que a gente monitora, por uma atividade muito intensa. Logo depois das eleições, quando Bolsonaro passou 48 horas quieto, essas pessoas estavam ali propondo narrativas e decodificando sinais para saber o que estaria acontecendo atrás dos bastidores. Algo que a gente nota bastante e está bem claro a esta altura é que todos esses segmentos de extrema-direita são também públicos conspiratórios. O conspiracionismo é estrutural e estruturante desse tipo de público político mais extremista. Tem sempre um roteiro oculto, e o silêncio de Jair Bolsonaro, essa espera pelo relatório das forças armadas, depois a espera por uma declaração, essa coisa da espera é muito instrumental para aumentar a atividade dentro desses grupos. As pessoas ficam conversando e especulando, lançam suas apostas sobre o que vai acontecer. De novo, há o papel da internet nisso, porque é uma internet participativa e baseada em conteúdo gerado pelo usuário comum. Não era tanto no caso da web 1.0, por exemplo, que era mais parecida com o modelo jornalístico de moderação e curadoria anterior. Esse papel do usuário comum para sustentar esse tipo de público deve bastante a essa infraestrutura tecnológica também.
OP – Parece que a campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva descobriu em 2022 o que seria o caminho das pedras para enfrentar esses grupos no território digital. Isso é sem volta? O parâmetro da disputa política nessa arena deve ser esse de agora em diante?
Cesarino – Talvez no período eleitoral não tenha como escapar. Não fazer exatamente a mesma coisa, porque tem um nível ali de mentira e de manipulação que não deve ser replicado, mas tentar de outras formas ocupar aquele espaço, que é o espaço do sensacionalismo, até do conspiracionismo. Acho que dá para fazer isso sem estar ultrapassando muito as linhas éticas e mesmo legais, que é o que a extrema-direita faz o tempo todo. Não vejo com maus olhos, pelo menos para período eleitoral, que é quando esse tipo de atividade se intensifica muito no campo da extrema-direita. Vai deixar eles jogando sozinhos ali, principalmente nos aplicativos de mensagem? Porque em rede social ainda tem alguma moderação, fica muito aquém, mas estamos na internet de superfície. É um espaço visível. No WhatsApp e Telegram, não. É um espaço totalmente opaco, então o nível de conteúdo de baixaria e de mentira que tem é uma coisa muito preocupante, e não tem como moderar a partir de fora. Essa tática de guerrilha de tentar fazer chegar conteúdo alarmista, como aquele da maçonaria, por exemplo. Qual o objetivo daquilo, é convencer alguém de votar no Lula? Não. É perturbar o ecossistema deles. E só se consegue fazer isso, como é um ecossistema muito fechado, nos próprios termos deles. Então algum nível disso vai ter, mas é óbvio que não deve ser a única frente. Acho que uma frente bastante importante, e que não foi ocupada ainda, seria a camada intermediária da internet, ou seja, nem aqueles veículos convencionais e grandes influenciadores progressistas, nem aquele subterrâneo dos aplicativos de mensagem. É aquele setor intermediário, por exemplo, dos canais do Youtube. Canais médios. Quem cria confiança mesmo na relação com o seguidor comum são os influenciadores médios e pequenos. O bolsonarismo tem muitos desses, não só aqueles grandões que a gente conhece. E isso na esquerda tem muito menos. Eu diria que é aquela camada do recrutamento em que a direita atrai e captura aqueles que não têm identidade muito forte ainda, mas têm dúvida e que são de certa forma mais vulneráveis. Por exemplo, a Jovem Pan nunca tem um discurso explícito sobre fraude nas urnas, mas ficam naquela de que estão “levantando questões”. Não estou dizendo que teve fraude, mas também não estou dizendo que não teve, e nisso começam a implantar a sementinha da dúvida no seguidor e no usuário. E nisso aquela pessoa pode ser tragada para segmentos mais radicalizados onde estão as teorias da conspiração mais pesadas, que não estão no mesmo lugar, não estão no canal da Jovem Pan, mas o ecossistema está todo interligado. Essa camada intermediária do recrutamento, pensando agora em 2022 e na próxima eleição, é bastante central. Eu não vejo veículos de esquerda ocupando esse espaço. E não acho que devem ser o PT e os partidos a fazer isso, não. É uma coisa mais orgânica, que consiga se monetizar e construir sua base de seguidores, ser autossustentável.
OP – O “janonismo” tentou atuar nessa frente, não? Houve episódios que me pareceram eficientes nessa tentativa de plantar a dúvida.
Cesarino – É, plantar a dúvida e capturar a atenção do público com aquilo em que o público está interessado. Não adianta ter a melhor das intenções e o conteúdo de mais alta qualidade se joga e aquilo não vai capturar a atenção. A estratégia (do janonismo) foi bem nesse sentido, sim. Não necessariamente fazer as pessoas acreditarem que o Bolsonaro é um pedófilo, não é essa a intenção, mas capturar a atenção e plantar uma semente da dúvida. Mas tem que fazer isso em várias frentes. Na extrema-direita há uma ecologia em que a pessoa está recebendo conteúdo o tempo todo, de vários tipos, de vários temas, embora todos cheguem sempre no mesmo lugar, que é esse imperativo de destruir esse inimigo comum: o PT, a mídia, o globalismo etc. Todos os segmentos variam, tem o mais evangélico, tem o de pautas morais, tem o de CACs, tem o de intervenção, mas todos eles convergem para o mesmo ponto. Essa diversidade de repertório é algo que ainda falta para a esquerda, embora eu ache que o janonismo (que não é só Janones, tinha outras pessoas também), como experimento, foi útil. Não arriscou muito alto, porque uma estratégia dessas pode ser arriscada, sempre pode ter o efeito rebote, mas não me parece que isso aconteceu.
OP – Quatro anos atrás, Bolsonaro se elegeu com pouco tempo de TV e muita força nas redes. Neste ano, ele tinha o controle da máquina, tinha muito recurso, o orçamento da União virou praticamente o orçamento da campanha e tinha as redes, e mesmo foi assim foi derrotado. Isso pode levar pesquisadores e analistas a reavaliar o papel das redes numa campanha política?
Cesarino – Eu acho que é algo que precisa ser avaliado, estudado, não sei em que medida a gente consegue fazer isso retrospectivamente. Mas, por exemplo, um cruzamento que ainda não vi sendo feito, com um nível de detalhe que poderia ser interessante, é a incidência da conexão à internet nas áreas onde o PT teve muito voto. Já vi dados soltos de que são áreas com bem menos acesso à internet do que outras áreas no restante do Brasil. Não sei se se isso prova necessariamente que as redes não têm um papel, mas pode sugerir que a esquerda e a campanha do Lula, por exemplo, foram muito melhores neste ano em ocupação nas redes do que a campanha de Haddad. Eu não diria que isso necessariamente quer dizer que as redes perderam força, mas que a política nas redes está se complexificando. E a direita não está mais jogando sozinha nesse campo.
OP – Tem concorrente agora?
Cesarino – Acho que sim, não à altura, mas acho que chega lá.
OP – Como pensa o futuro do bolsonarismo sem o Bolsonaro de imediato ocupando um espaço da arena pública?
Cesarino – Eu acho que aquele lugar central que ele teve para articular a rede em 2018 já passou, não vem mais. Teve a questão da facada, aquilo foi importante, o lugar do corpo dele, as pessoas naquele momento poderem se espelhar na figura dele. Mas, quatro anos depois, com todo esse ecossistema, influenciadores, canais cada vez mais robustos, sites de notícias alternativos, enfim, tudo que tem no nosso público, mas falando o contrário do que estamos falando aqui – esse corpo digital tem um peso muito maior do que o corpo do líder em si. Eu acho que ele conseguirá sobreviver sem o Bolsonaro. Um exemplo disso nos EUA é o Qanon, que não era uma pessoa, era um nome que ninguém sabia quem era. E, no entanto, ficou gigantesco durante a pandemia e levou aos tumultos de 6 de janeiro. É um caso que mostra bem como essa circularidade da mediação digital, da mediação algorítmica, é suficiente para criar esse corpo digital com seguidores e influenciadores, sem necessariamente ter uma figura clássica do líder populista que organiza o ecossistema como um todo.
NOTAS
Letícia Cesarino é antropóloga com mestrado pela UnB e doutorado pela Universidade da Califórnia (EUA), também em antropologia. É professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde dá aulas na graduação e na pós
O mundo do avesso: verdade e política na era digital (Ubu) é um amplo estudo de sua autoria sobre o fenômeno bolsonarista sob o ponto de vista da plataformização e dos circuitos algorítmicos digitais
Nesse livro, Cesarino trabalha com a perspectiva da cibernética para entender como as redes digitais favorecem um certo tipo de conduta política que prioriza os embates e posições extremadas
Trajetória
Letícia Cesarino é antropóloga com mestrado pela UnB e doutorado pela Universidade da Califórnia (EUA), também em antropologia. É professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde dá aulas na graduação e na pós
Livro
"O mundo do avesso: verdade e política na era digital" (Ubu) é um amplo estudo de sua autoria sobre o fenômeno bolsonarista sob o ponto de vista da plataformização e dos circuitos algorítmicos digitais
Redes digitais
NESSE livro, Cesarino trabalha com a perspectiva da cibernética para entender como as redes digitais favorecem um certo tipo de conduta política que prioriza os embates e posições extremadas