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Mateus Aleluia: "Antes de tudo, a música"
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Mateus Aleluia: "Antes de tudo, a música"

Em entrevista às Páginas Azuis, o cantor, compositor e pesquisador cultural Mateus Aleluia transita entre Brasil e Angola para debater arte e ancestralidade
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Mateus Aleluia foi indicado ao Grammy Latino de 2022 com o álbum
Foto: Divulgação/Paola Alfamor Mateus Aleluia foi indicado ao Grammy Latino de 2022 com o álbum "Afrocanto das Nações"

Quarta-feira, 7 de dezembro de 1983. Esta foi a data na qual o cantor e compositor Mateus Aleluia saiu do Brasil rumo a Angola. O percurso é descrito na composição "De Tudo Isso Eu Sou", parte do álbum "Fogueira Doce" (2017). Na letra, é descrita a sensação de explosão ao perceber que "um filho da Bahia é África de coração". Nascido em Cachoeira, município do recôncavo baiano, Seu Mateus se reconheceu nos batuques trocados entre os irmãos mais velhos e na musicalidade oriunda das bandas locais. Integrou, ao lado de Heraldo e Dadinho, uma das formações do trio "Os Tincoãs", considerado pioneiro ao unir os elementos do candomblé e da umbanda à Música Popular Brasileira (MPB) entre os anos de 1960 e 1980.

Poucos anos depois, decidiu mergulhar na pesquisa antropológica e cultural de Angola, onde viveu por duas décadas e atuou no Ministério da Cultura. Em seu retorno ao Brasil, lançou quatro álbuns, entre eles "Afrocanto das Nações - Jêje" (2021), sua última produção. O trabalho aborda estudo ligado à ancestralidade ritualística musical pan-africana, em uma aproximação dos toques e cantos praticados no Brasil com os toques e cantos dos Orixás, Nkises (entidades nos candomblés de Angola e do Congo) e Voduns (divindades da nação de candomblé conhecida como Jêje) em suas terras de origem.

A imersão nos cantos para os Voduns das etnias Fon, Ewen e Ashanti também resultou no museu virtual homônimo divulgado na plataforma on-line "Nações do Candomblé" (www.naçoesdocanbomle.com.br). O formato inédito do material se mantém entre a arte e etnomusicologia, desatando procedimentos etnográficos por meio de diferentes linguagens artísticas. É nesta amálgama cultural que Seu Mateus reverbera a importância do conhecimento sobre a ancestralidade afro-brasileira e segue, como ele mesmo diz, propagando mensagens de sensibilidade.

O POVO - Seu Mateus, quais são as principais memórias da infância e juventude que vêm à mente quando falamos de Cachoeira?

Mateus Aleluia - As memórias de qualquer criança da minha idade. As primeiras são os pais, depois os irmãos, os vizinhos, amigos, depois o crescer. Isso nos acompanha, com alzheimer ou não.

OP - O que o crescer em Cachoeira lhe proporcionou?

Mateus - O que eu sou hoje. Acredito que a gente não muda, apenas vai se habituando àquilo que é. Não existem muitas mudanças quando a pessoa começa a perceber a sua trajetória, parece que você nasceu para poder andar nesse caminho e você não foi rebelde. O que me leva a pensar que nasci em Cachoeira, na família que é minha família, o último dos irmãos, sou o décimo quinto filho. Fui criado pelos meus pais e irmãos. Isso faz parte de toda uma formação de interior. E assim nós fomos crescendo. Quais são as recordações que eu tenho para dizer que acho que cresci para ser o que estou sendo? Minha casa era uma casa musical, de arte, de teatro, não existia nada profissional. Quando eu digo minha casa, quero dizer qualquer casa lá da região, todas tinham essa mesma forma de proceder. Isso fazia parte do modus vivendi, pelo menos da minha época, de 79 anos atrás. Eu cresci vendo meus irmãos batucando na mesa, fazendo som todos juntos, não havia televisão, não havia rádio, então nós tínhamos que criar toda uma atmosfera. Hoje a atmosfera que vocês encontram a gente criava sem ter esses instrumentos que vocês têm hoje. Quase todo o pessoal lá de Cachoeira, no recôncavo da Bahia, tinha uma formação musicada das bandas. Uma família muito religiosa, todas as religiões que chegavam de forma contornada, todos nós éramos obrigados a assimilar porque aquilo tomava conta de tudo. A religiosidade dos africanos, que é o candomblé, quando estava sendo exercida, quem fosse do candomblé ou não tinha que participar porque aquilo ecoava. A música era uma coisa marcante, as células melódicas entravam pelas casas. Quando o sino da igreja tocava - aí já é uma outra vertente -, não havia poluição sonora, então tudo que acontecia era compartilhado.

OP - O senhor costuma falar que antes do verbo, veio o som. Tem o mesmo processo na sua vivência em Cachoeira, a sonoridade já estava sendo criada antes da fala.

Mateus - E depois eu vim a perceber que não é só um processo comigo, é de todos nós. Antes de você aprender a falar, na barriga da sua mãe, você já estava recebendo todas as informações. Antes de tudo, a música, o ritmo. Teu coração embala, já te punha no compasso.

OP - O seu começo profissional na música se deu depois da primeira formação dos Tincoãs. Como a sua entrada modificou a dinâmica do grupo e, no movimento inverso, como a experiência no trio continua atuante no seu trabalho?

Mateus - É como se diz, a evolução da espécie é uma realidade. O que você pensava quando você nasceu não é o que você pensa hoje. Quando eu fui convidado para os Tincoãs eu já fui sendo Mateus, quando eu me tornei Tincoãs eu não passei a ser o mentor. A leitura que eu faço com ou sem a minha entrada é que os Tincoãs evoluía. É um processo dinâmico que as pessoas sensíveis, à disposição da vida, absorvem. Infelizmente a forma como nós somos geridos, de maneira contornável ou não, faz com que a gente não perceba o que a natureza quer de nós. Parece que todo mundo ainda tem esse negócio de depois que eu entrei os Tincoãs mudou. Poderá ser ou não. Talvez se entrasse outro qualquer a coisa se conduziria para esse processo, independentemente de eu ter entrado nós já éramos isso, essa amálgama que os Tincoãs hoje representa. Nós éramos essa base de Brasil-recôncavo, não posso falar de outros brasis que não sou tão familiarizado. Essa base o que é? O dono da terra, que é o índio, é o português que chegou e depois o português trouxe o africano e formou-se esse tripé, essa cultura cabocla, misturada, que é nossa base forte. A contribuição africana traz de cara uma célula rítmica que impulsiona qualquer um a querer tomar conhecimento disso. Através sempre da música, da célula rítmica e do sistema sincopado do canto, da melodia e da harmonia totalmente diferente das harmonias europeias, começa a revelar uma série de coisas. É uma modalidade de expressão artística fora dos métodos, é livre. Eu temo que daqui a pouco comece a ser um método condicionado, você perde essa liberdade de ser uma pessoa. Você é ditada pela natureza, você não é ditada por uma regra política, acadêmica ou oral. Você é ditada por uma sensibilidade. Como a gente se harmoniza? Talvez a forma de eu me harmonizar seja sendo frontal, penso. A frontalidade talvez crie um aspecto de harmonia, porque talvez force o outro lado também a ser frontal. Os dois lados são frontais, os dois lados são egoístas, vamos ter que entrar num acordo de entendimento. Vai se sobrepor aquela ideia que realmente vier para contribuir, uma hora vai ser sua ideia, outra hora vai ser a minha, se nós estivermos a serviço da natureza. Para mim, esse trabalho dos Tincoãs foi isso. Não foi a partir de mim, coincidiu eu estar. Eu já encontrei um grupo formado, em estado de evolução contínua, porque a natureza tem leis e o homem que tem moral. O princípio da lei é a perpetuação da espécie e sua evolução. É o que aconteceu com os Tincoãs, peguem o início e peguem o que os Tincõas é hoje, que sou eu, que vai ver. Esse discurso é só meu? Não, porque eu parti de uma escola espontânea e faço de tudo para não me corromper.

OP - Vocês vieram evoluindo como unidade…

Mateus - Espontaneamente, o que estava em jogo ali não era nem fazer sucesso, que nós nunca fizemos. Fomos notados, o que é uma diferença muito grande. Sucesso? O que é isso? Nós fomos tirados do obscurantismo do conhecimento popular e algumas pessoas começaram a tomar conhecimento de que nós existíamos. Como hoje também, quem é que me conhece? São coisas pontuadas. Vai dizer que isso me incomoda? Nem um pouco, isso é um processo natural. Acho interessante que as pessoas entendam isto, os trabalhos dos Tincoãs não foi antes de mim ou após de mim. E depois, quando veio Badu? A contribuição que ele deu é a mesma que eu dou.

OP - Quando a gente analisa a obra dos Tincoãs, ela traz todos esses elementos do candomblé que o senhor já mencionou. Gostaria que o senhor explicasse um pouco mais sobre essa ligação direta que o senhor faz entre o culto e a cultura.

Mateus - Falar sobre o candomblé é importante pela minha origem africana. Culto é o religare, a sua essência, uma coisa inexplicável que chamamos de Deus. Eu sendo uma pessoa afro-brasileira trago no meu DNA essa informação, assim como creio que qualquer europeu traz no seu DNA informação da religião europeia. Chegando aqui tudo se misturou. Eu tenho uma formação cromossômica de DNA, assim como também informação de convivência, que é o dia-a-dia. Isso depois vai me pontuar para ser o que eu sou na minha caminhada, é assim que a espécie evolui, não criando barreiras de entendimento nas várias culturas que existem. Essas culturas emanaram do culto, que é real e até hoje eu não vejo nenhuma explicação para falar sobre. O religare é o que? Você vai se ligar ao infinito, a um ponto onde deu origem a tudo, mas você nem pensa nisso. Você pensa o que a igreja, o terreiro, a sinagoga fala, o que os lugares de Buda falam, nunca parou para pensar que é essa fonte energética e seguiu nessa centelha porque um dia você foi um espermatozoide. A partir daí você é uma entidade única. A sua ligação com seus pais, seus irmãos, você não sabe qual é, você depois habitua socialmente a ser porque nasceu ali. Cada um de nós nasceu para contribuir com o conhecimento e a única maneira de evoluir é sabendo que eu só tenho um pedacinho do conhecimento. Eu tenho de estar aberto para a vida, se eu me fecho, se eu não me emociono com a vida, eu não sou nada. Se eu passo apenas a ser uma pessoa fleumática, oh meu Deus, não vamos para lugar nenhum, como não estamos indo. O primeiro princípio do culto é isso: o religare, aquela parte que os Fon chamam de incognoscível. Incognoscível é como nós traduzimos isso, que é o inexplicável do inexplicável. É você tomar conhecimento que você está aqui fechada, bloqueada, limitada pela largura, pela espessura e comprimento. Está dentro de um mundo tridimensional, fora disso você nada entende. Nós temos que ficar à disposição da natureza, não se afastar muito dela para ver o que ela nos revela. Em norma, a gente só revela segredos para pessoas que a gente confia. O homem nasceu há quantos bilhões de anos? E ainda estamos nesse estágio. Creio que em função disso, por causa do culto e da cultura. O culto é você voltar ao seu estado de origem para entender o que você veio fazer aqui. E a cultura? Um hábito do povo.

OP - O senhor fala que se mantém atento ao que a natureza dispõe para a nossa realidade, que tanto nos afasta desse estado de contemplação. O que a gente perde quando nos desligamos dessa integração?

Mateus - Eu sou um aprendiz e procuro ficar atento à natureza, não quer dizer que eu estou atento o tempo todo. Também padeço do mesmos males, eu sei que eu tenho a doença da falta desse religare. Se você não cuida de você, como vai cuidar do ambiente? Se você entendeu que não é parte da natureza, então você está cuidando da sua vaidade, não está cuidando dos bichos e das folhas. Se você não se dá pelo menos a percepção que é necessária, você vai pagar o seu dízimo. O que é pagar o dízimo? É, todo dia, dedicar um tempinho para vivenciar a natureza. Meu dízimo agora vai ser cinco minutos do meu dia que eu vou escolher um momento para poder deixar minha cabeça vazia, para ver se nesse momento a natureza me proporciona que eu tenha contato com ela e ela comigo. Eu não posso só falar de Deus como todo mundo fala, de uma forma leve, vazia, pesada também, porque isso cansa até. O culto mesmo é você se integrar. Estando integrada nada te machuca. Deveria ser algum tipo de exercício nosso. Isso que você me perguntou é o que eu também me pergunto. Quem vai me responder?

OP - Seu Mateus, quero voltar agora à sua trajetória até a chegada ao continente africano. Na música "De Tudo Isso Eu Sou", o senhor fala que se sentiu na Bahia quando chegou por lá. Quais são os pontos de encontro entre Cachoeira e Luanda, Bahia e Angola?

Mateus - Que o mundo é um mundo. Todo culto é o mesmo culto, tem um ponto que não é explicado em cada língua. Chama Deus, Olorum, Zambi, Jeová e por aí vai, uma série de nomes que quer dizer a mesma coisa. Apesar de falarmos línguas diferentes e termos comportamentos diferentes, nosso ponto de encontro é saber que tem uma usina energética que rege toda a física que está aí. O mundo é físico, positivo e negativo. Queiramos ou não, nós vivemos pela fé e todas as religiões das mais distintas culturas partem de um princípio de fé. É assim que começa tudo.

OP - Quando o senhor voltou ao Brasil, lançou outros três álbuns antes do "Afrocanto das Nações" (2021), que desembocou no projeto "Nações de Candomblé". Como os anos de pesquisa cultural e antropológica moldaram esta iniciativa?

Mateus - Eu tenho que voltar ao início da tua pergunta. Quarta-feira, 7 de dezembro, indo para Angola. Tenho que reportar que saí do Brasil, de uma cultura cachoeirana e fui para uma cultura, digamos assim, carioca, onde nós começamos a gravar os discos da nova fase dos Tincoãs. Dali a gente saí para a Angola. A Angola para a gente já era cantada e versada muito antes de nós, já era nosso Shangri-La. Assim como para os hebreus existia Canaã, a Terra Prometida, para nós só falava de Angola. A primeira música conhecida dos Tincoãs foi "Deixa a Gira Girar": "Meu pai veio da Aruanda e a nossa mãe é Iansã" (canta o primeiro verso). Já mostrava o pan-africanismo do rito. Eu nasci no Brasil, mas como é que o meu pai nasceu do outro lado do continente? Eu estou existindo pela fé, porque nunca ninguém me disse que eu fui parido de Iansã com Aruanda. É complicado. Nesta quarta-feira, 7 de dezembro, eu estava "zagueando ao vento". Isso é uma figura de linguagem para dizer que estou perdido, estou à procura, como estou hoje e você também, por isso veio aqui me entrevistar. "De repente, eu vi zambiê" (nesse momento, o artista começa a destacar trechos da canção, identificados nas respostas pelas aspas). A nível de Brasil, de presença nossa com o culto africano, era Daomé ou Iorubá, que era da Nigéria. Os iorubanos chegaram aqui e se impuseram com cultura, parece que só chegou aqui a cultura iorubá, mesmo com outros terreiros de outras nações e outras partes da África. Todos eles fizeram a transposição do nome de suas entidades para o nome da transposição dos deuses em iorubá. Por isso, a pergunta: "É daomeano, congolês, angolano"?. Aí vem: "É hauçá", porque a nossa cultura aqui do candomblé é muito grande. Aí eu digo: "De tudo isso eu sou". Foi quando eu comecei a perceber, sem perceber, que eu já estava misturado, que a minha essência não é essa essência de purismo de culto nem de cultura. Eu venho na música, você falou dela, dizendo: "Eu, um cidadão da senzala, um assimilado urbano". Assimilado é a pessoa que tem uma cultura, mas assimilou uma outra. Um assimilado da cultura europeia começa até a ter problema em aceitar a própria cultura, se torna uma pessoa colonizada a nível de culto e cultura. "Em terra de N'gola Kiluanji", aí falo outras pessoas de Angola, Mandume, Shaka Zulu, falo até do Mali. E digo: "Em contato com aquilo eu me vi na Bahia". Quer dizer, eu não estava fora de casa. "Um filho da Bahia é África de coração". Ele não precisa conhecer os 54 países, ele existe pela fé e por ela já sabe, vai lá só para constatar. Vai chegar em cada ponto e se vê. Eu fui descobrir minhas fraquezas, minhas limitações. Comecei a respeitar minhas limitações, até então eu era prepotente e não sabia. Hoje sou apenas uma pessoa franca no falar.

OP - E como aconteceu a idealização de "Nações do Candomblé"?

Mateus - O "Nações do Candomblé" já vem desde quando eu cheguei no Brasil. Primeiro porque as principais nações do candomblé que se fala aqui é Jeje, Ketu e Congo-Angolana. Aqui se formou um terreiro Congo-Angola. Aquilo que a gente aqui manteve amarrado a 300 anos atrás, eles foram no tempo, sendo assimilados, assimilando. O certo é que eles são angolanos e, com todas as mudanças que ocorreram, não deixaram de ser. A única diferença é que quem veio para cá, veio escravizado. Eles nunca foram escravizados, foram colonizados. Não tem essa de ser escravizado, que é um dado que às vezes a gente esquece. Uma hora isso que fez a gente fazer tudo isso se levanta e a gente nem sabe que se levantou, partindo do princípio que o mundo é físico. São das leis físicas que nasce essa brincadeira, é daí que surge o "Nações do Candomblé". Vamos fazer uma acareação cultural, que eu teria também o meu olhar, não o olhar admoestado pela história, nem pela cultura acadêmica, nem pela cultura dos saberes. É como eu vejo. A gente vai gravar as nações conforme está sendo exercido o culto aqui, eles que têm o espaço de fala. Eu falo desse meu olhar dentro dum descompromisso com a oficialidade da história, da teologia, da filosofia, seja lá o que for. Falo como eu vejo o mundo, como eu vejo Ogum, como eu vejo Oxalá.

OP - Para finalizar, Seu Mateus, a sua obra passa pelos temas sociais, pelo humano e sagrado, pela convocação à celebração da vida. Como a arte atua como meio de transporte dessa mensagem de sensibilidade que o senhor também cultua?

Mateus - A arte, principalmente a arte musical, é a essência primeira da fala. Ela chega primeiro, sem arte não somos nada. Se não fosse a arte o que eu vou falar, o que eu sei para falar, se a arte não me cutucar? Arte é isso, perceber o vento, o crepitar da chama, a água, o voar dos pássaros, a galinha atrás de uma cobra. A arte é vida, o homem vem depois disso tudo. Por isso que ele veio falar, porque ele viu tudo criado e não podia fazer nada, fica só falando. O homem é um falastrão (ri).

 

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