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Rusty de Sá Barreto: o protetor do mangue da Sabiaguaba
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Rusty de Sá Barreto: o protetor do mangue da Sabiaguaba

Rusty de Sá Barreto é ambientalista e diretor do Ecomuseu Natural do Mangue de Sabiaguaba. Apaixonado por motociclismo e pela esposa Sineide, Rusty é pai de três filhos e avô de 10 netos. Está sempre na constante busca por oportunidades de ensinar e aprender mais sobre educação ambiental
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Fortaleza, CE, BR - 22.06.23  Entrevista com Rusty de Sá Barreto   (Fco Fontenele/OPOVO) (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Fortaleza, CE, BR - 22.06.23 Entrevista com Rusty de Sá Barreto (Fco Fontenele/OPOVO)

Ver, ouvir e sentir. Para o ambientalista e diretor do Ecomuseu Natural do Mangue, Rusty de Sá Barreto, é preciso aguçar os sentidos para ser agraciado pelo afeto do manguezal, ecossistema predominante na região da Sabiaguaba, no litoral leste de Fortaleza.

Pernambucano, Rusty vive o amor pela natureza desde a infância, quando brincava nos rios de maré forte do bairro Imbiribeira, em Recife (PE). Veio para a Sabiaguaba em 1998, para trabalhar como comerciante em uma barraca de praia. No entanto, o que o motivou a permanecer no local foi o meio ambiente, que, à época, enfrentava graves problemas de poluição e desmatamento.

Rusty de Sá Barreto, apaixonado pela natureza, o ambientalista dirige o Ecomuseu Natural do Mangue no bairro Sabiaguaba, em Fortaleza(Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Rusty de Sá Barreto, apaixonado pela natureza, o ambientalista dirige o Ecomuseu Natural do Mangue no bairro Sabiaguaba, em Fortaleza

Como forma de se solidarizar à região que o abraçou, ele resolveu fechar o pequeno negócio para se dedicar à causa ambiental. Assim, em janeiro de 2001, surgiu o Ecomuseu Natural do Mangue, uma organização não-governamental (ONG) sem fins lucrativos. O vigor e o carisma, além de um carinho incondicional pelo meio ambiente, levam Rusty a conduzir — mangue adentro —, estudantes, pesquisadores e visitantes durante as trilhas e aulas de campo promovidas pelo Ecomuseu.

Aos 61 anos, Rusty se denomina como um “motociclista louco”, apaixonado pela esposa Sineide Crisóstomo, com quem é casado há mais de quatro décadas. Tem três filhos e 10 netos. Agora, em julho, viajará pelo Brasil ao lado da companheira para propagar a sustentabilidade e buscar outras pessoas que, assim como eles, compartilham experiências que só o contato com a natureza podem proporcionar.

Com os repórteres que conduziram a entrevista, ele brincou: “Querem uma entrevista com ou sem emoção?”, ao se referir às aventuras a serem desbravadas ao adentrar o ecossistema. “Com emoção, por favor”.

 

 

O POVO — Quando teve início a sua relação com mangues?

Rusty de Sá Barreto — Tenho 61 anos. Em breve, faço 62. Sou nordestino, pernambucano. Como eu sempre digo, tenho uma relação muito forte com esse ecossistema (manguezal). A minha história está muito relacionada com ele. Não é de aqui e agora, mas já vem de um certo tempo. Como ambientalista, esportista e motociclista, a relação com a natureza é muito mais forte.

Desde pequeno, sempre morei próximo à maré. Morava num bairro chamado Imbiribeira, em Recife, e ali nós tínhamos muitos rios e a maré de lá é muito forte. Então, quando vim morar aqui no Ceará, há mais de 30 anos, escolhi vir para Sabiaguaba, não só pelo mangue. O que me encantou aqui foi o ambiente, o lugar, a região. É uma relação verdadeira, de muito amor e muito respeito.

Hoje, um dos projetos do Ecomuseu é o Motociclista Ambiental. Depois de quase 15 anos de trabalho no Museu, pela necessidade de eu estar andando de moto, eu queria voltar para o grupo, mas não só como motociclista. Queria voltar como educador.

O POVO  - Como unir o ambientalista com o motociclismo?

Rusty de Sá Barreto — Adoro esse tipo de pergunta. É exatamente isso que eu gosto de ouvir, porque é isso que eu tô aqui para responder. O motociclismo é, primeiro, um estilo de vida. Quem me deu minha primeira moto foi a minha esposa. Antes da vida de motociclista, eu já vivia uma vida mais natural, acampava e viajava. Era publicitário, fazia rádio e inventava muito na comunicação, sempre foi minha história. Quando vim para cá, já fazia eventos de motos, fazia a motorromaria para Canindé, motocross e a minha esposa sempre me acompanhando de perto. Hoje, um dos projetos do Ecomuseu é o Motociclista Ambiental. Depois de quase 15 anos de trabalho no Museu, pela necessidade de eu estar andando de moto, eu queria voltar para o grupo, mas não só como motociclista. Queria voltar como educador.

Então, criamos o Motociclista Ambiental, que é uma mudança de hábito daquele cidadão que anda de moto. Ele adquire esse hábito a partir de práticas cidadãs e ambientalistas.

O POVO — Nunca pareceu contraditório a paixão pelo meio ambiente e por motocicletas devido à queima de combustível, por exemplo?

Rusty de Sá Barreto — Se a sua moto está com o carburador limpo, toda regulada, vela nova e você está todo equipado, o consumo dela acaba sendo menor do que de outros veículos, que acabam lançando muita fumaça e poluindo. Aí você tem os resíduos, tem o plástico, os pneus, os adesivos… Tudo aquilo tem logística reversa. E o que a gente faz enquanto motociclista ambiental? Vamos em fábricas, indústrias, lojas, oficinas para trabalhar a sustentabilidade.

Para estimular o desenvolvimento sustentável, desenvolvemos um patch do projeto Motociclista Ambiental. Porém, para recebê-lo, é preciso que os participantes realizem pelo menos quatro ações durante o ano. Temos um grupo no WhatsApp em que eles enviam fotos e por lá tem sempre um “olha, Rusty, eu estava apanhando o lixo aqui” ou “Rusty, reuni os meninos e estávamos catando palitos de picolé na praia”.

Desde que começamos esse trabalho, em todo evento que vamos agora tem locais para colocar os resíduos, por exemplo. É muito bacana.

O POVO — E como surgiu a ideia de fundar um Ecomuseu?

Rusty de Sá Barreto — É uma pequena história que começa quando vim morar aqui no Ceará com a minha família. Depois de conhecer e trabalhar em vários lugares, principalmente com comunicação, eu conheci Sabiaguaba. E aqui vim montar um comércio, uma barraca de praia de estilo, chamada Pró-Sabiaguaba. Era uma barraca personalizada, onde os motociclistas sempre seriam bem recebidos. Só que isso mudou depois que eu comecei a me incomodar com os resíduos, com a falta de educação, com a falta de gestão e com a falta de sensibilização das pessoas que visitam. Ao se incomodar, a melhor forma de reagir é tomando uma atitude. E a minha foi fechar o comércio quando a barraca já tinha dois anos e uma certa clientela.

Atualmente, o Ecomuseu não tem somente uma ação aqui em Sabiaguaba, mas ele é global, realmente. Estamos com uma rede nacional de colaboradores de manguezais e criamos a Semana Estadual dos Manguezais, que ocorre agora em julho e tudo isso saindo daqui, da família, dos amigos, dos voluntários.

E aí veio toda essa questão. “Poxa, esse local tão bonito que me recebeu tão bem eu vou deixá-lo dessa forma?”. Então, comecei a mudar os meus hábitos e assim também a influenciar as pessoas, tentando sensibilizá-las junto com um amigo e outros parceiros. Nós percebemos que não adiantava só fechar [o comércio], tínhamos que tomar outra ação e aí tivemos uma ideia, chamada Projeto Educar Sabiaguaba. Logo depois eu descobri a Museologia Social, a partir disso o projeto se tornou o Ecomuseu Natural do Mangue, uma Organização Não-governamental (ONG). Já temos 11 anos de associação e 22 anos de trabalho. Foi difícil, afinal de contas é uma convivência direta com o local, com o meio ambiente e com o território. Aqui, a gente acompanhou muitos momentos de mudanças, tanto da região quanto da geografia, como também do pessoal. Hoje a gente contribui para esse entendimento da importância do conhecimento desse ecossistema.

Atualmente, o Ecomuseu não tem somente uma ação aqui em Sabiaguaba, mas ele é global, realmente. Estamos com uma rede nacional de colaboradores de manguezais e criamos a Semana Estadual dos Manguezais, que ocorre agora em julho e tudo isso saindo daqui, da família, dos amigos, dos voluntários. Nós não estamos sozinhos, nós temos a grande comunidade de Sabiaguaba. E é esse cuidado do manguezal que nos faz realizar esse trabalho e continuar apaixonado por eles.

O POVO — Quais são os desafios encontrados na luta em defesa do mangue da Sabiaguaba atualmente?

Rusty de Sá Barreto — O grande desafio de cuidar dos manguezais é o conhecimento. Se você não os conhece, você não cuida. E se você não cuida, você não os ama. Se as pessoas entenderem que esse ecossistema é uma mãe pra gente — por isso o chamamos de “mãe-guezal” —, que ele nos dá serviços ecossistêmicos, serviços ambientais e nos dá o principal, que é o oxigênio, a gente cuidaria mais dele. Mas não é o que acontece. Hoje se constrói muito em cima dele, degradando-o, arrancando-o, assoreando-o — para além do assoreamento natural. Não respeitam a sua importância e o fato de que ele é um berçário da vida, tanto marinha como humana. Ele nos protegeria caso nós tivéssemos tsunamis e maremotos; ele nos dá alimento por meio dos crustáceos, dos moluscos, dos peixes; ele nos oferece a madeira para construção; serve para o fogo também, mesmo que muitas vezes seja utilizado para isso de forma errada, ele dá essa fonte de energia. E, principalmente, ele gera vida nas áreas, tanto para as comunidades tradicionais dos pescadores, quilombolas ou indígenas, como para nós, da comunidade do território urbano, por meio do vento, do oxigênio.

O POVO — E como a educação ambiental deve ser inserida nessas comunidades?

Rusty de Sá Barreto — É necessário que a gente entenda que todas essas comunidades têm características bem parecidas, como lixo, plásticos, resíduos, isopor e canudos, por exemplo, porque geralmente essas áreas são muito usadas para o lazer e para o turismo. E não há a questão da Educação Ambiental — inclusive, a gente fala que, antes de tê-la, é preciso ter a alfabetização ambiental. O primeiro passo é ecoalfabetizar, não somente sobre o bioma Manguezal, mas sobre a Caatinga, o Cerrado, o Sertão, a Mata Atlântica… O trabalho é entender que cada um tem a sua importância e que nós temos o dever e o direito de proteger, tão igual ao Governo e ao Estado, e que está na Constituição. Estamos aqui há 22 anos fazendo esse trabalho, não porque ninguém mandou. Mas porque a gente sentiu, como cidadão, a necessidade de mostrar exemplos para os outros. Esse espaço da Sabiaguaba, além de ser uma área riquíssima na cultura, na memória e na história, é também um grande laboratório para a gente desenvolver pesquisa.

Desde quando começamos as atividades aqui no Ecomuseu, nós tivemos sempre essa preocupação de como envolver a comunidade. Estamos tratando aqui não somente de um bairro comum, de um bairro urbano, nós temos tratado de uma região muito específica, com valores agregados que vão muito mais (além) do que os paisagísticos. Inclusive, o mangue deveria ser tombado como um patrimônio natural, do Estado e do mundo. Temos a intenção de fazer com que as pessoas não somente cuidem do mangue, mas também olhem para a praia, que olhem para as dunas e que entendam todo esse espaço.

O papel do Ecomuseu é mostrar os valores do patrimônio, o valor da região e a importância desse ecossistema, da convivência junto a ele. Por isso que a gente faz a coleta de resíduos em atividades de educação ambiental com as escolas. Esse é o tipo de coisa que só se percebe interagindo e convivendo com ela.

O POVO — O senhor considera que, apesar de autorizadas pela gestão municipal, as edificações e outros avanços urbanísticos respeitam de fato o perímetro do Parque do Cocó? Essa delimitação não acaba perdendo essas áreas no desenho final?

Rusty de Sá Barreto — Nós temos um problema, porque essa é uma área muito dominada. Hoje nós estamos com a geografia muito abalada por um estrada que corta as dunas (CE-010, mais conhecida como Estada da Sabiaguaba) e uma ponte que basicamente assoreou o rio, trazendo para nós alguns benefícios, sim, mas também trazendo grandes problemas ambientais. O papel do Ecomuseu é mostrar os valores do patrimônio, o valor da região e a importância desse ecossistema, da convivência junto a ele. Por isso que a gente faz a coleta de resíduos em atividades de educação ambiental com as escolas. Esse é o tipo de coisa que só se percebe interagindo e convivendo com ela.

Essa parte da Cidade foi guardada por muito tempo. Quando fizeram a ponte, foram abertas todas as possibilidades. Os valores dos terrenos começaram a aumentar desde então, porque até então você só tinha uma entrada, que era um local incrível, só tinha um acesso. Hoje você tem uma ponte, que libera um trânsito enorme por uma outra área, sem levar em conta o impacto desse tráfego, e quando você traz aqui o fluxo de carro, de caminhões, principalmente carros pesados, cria-se um impacto ambiental muito grande. Não estou falando ainda do impacto à comunidade, mas do meio ambiente. Essa construção foi embargada várias vezes, se você for ver nos registros da ata do Conselho Gestor, dá para saber que o único voto contra foi o meu.

Eu pensei: “Não é possível que vai da comunidade, todo mundo lá, só fui eu contra. Eu vou sair daqui apanhado”. Graças a Deus, eu sou grande e ninguém teve essa vontade, mas até hoje eu sou marginalizado porque tive um voto contra. Não precisávamos ter uma ponte com tantas pilastras, precisaríamos ter feito uma ponte com mais estudo. Podia ser uma ponte estaiada, podia ser uma ponte mais à frente, não pegando toda essa parte aqui do Mangue, porque você teve que fazer um desvio grande, seria bacana se a ponte também desse acesso para essa comunidade, que ficou aqui isolada. São muitas situações que, como morador, a gente convive. Eu sou a favor e sou contra também. Só agora as pessoas acordaram mais e passaram a entender mais o seu valor, como povos tradicionais e como pessoas da comunidade da Sabiaguaba.

O POVO — Quais consequências, tanto positivas quanto negativas, a abertura do Polo Gastronômico e de outros equipamentos acarretaram para a Sabiaguaba?

Rusty de Sá Barreto — Nós agora temos alguns equipamentos do Governo aqui, né? No caso do Parquinho da Areninha, do Complexo Gastronômico, que veio trazendo também um novo conceito para essa região, mas também trazendo outros impactos. Porque quando você traz o turismo e naquele local não há infraestrutura pensada para recebê-lo, você está gerando situações adversas bem diferentes do que se tinha há 15 ou 20 anos, mas nós temos também um avanço. Agora existem leis, já que o Parque Estadual do Cocó foi consagrado, nós temos a Área de Proteção Ambiental da Sabiaguaba e o Parque Municipal do Idoso. Falta agora essas leis serem aplicadas, serem cumpridas e serem benéficas ao ambiente, porque está precisando, inclusive, de outras ações por aqui. Principalmente porque a Sabiaguaba de agora não é mais a de 20 anos atrás.

O Polo Gastronômico também trouxe impactos positivos. A gente mesmo que aplicou lá o curso sobre algumas práticas de sustentabilidade junto à educação ambiental. Porém, não sabemos se está, de fato, sendo praticado, porque educação ambiental é diferente de uma matéria. Você tem que colocar ela em prática mesmo, então o processo é longo. Eu acho que o Complexo Gastronômico foi uma boa ação, só algumas coisas que tem que ser mudadas, porque ali a gente tá lidando com o ser humano e com o meio ambiente. Eu digo que se tem turismo, é preciso se ter infraestrutura.

O POVO — Um dos trabalhos realizados no Ecomuseu é voltado às crianças, correto? Como você avalia a importância do contato com a natureza durante a infância e quais atividades o museu desenvolve para os pequenos?

Rusty de Sá Barreto — Isso é algo que me deixa muito orgulhoso, sabe? A gente se espelhou em vários exemplos. Descobrimos que, como cidadão, muitas vezes, com conhecimento e instrução, você pode fazer coisas incríveis. Principalmente quando você consegue agregar outros saberes, juntar outras pessoas. E é muito legal, quando as pessoas chegam a dizer: “Olha, eu gostaria de ajudar nesse projeto”. Dessa forma, a gente tenta individualmente e coletivamente sensibilizar as pessoas para lidar com o meio ambiente. Aqui, a gente pode aplicar medidas ecopedagógicas, falando dos resíduos, falando de comportamento, de tomada de atitude. O Ecomuseu tem consolidado um trabalho muito forte voltado às aulas de campo. Nosso propósito realmente é trabalhar os jovens desde de bebês até vê-los cidadãos formados.

Muitas vezes, para essa conscientização, a gente apresenta o cenário do mangue como uma plataforma para esse estudo, porque ele tem muito a nos mostrar. Podemos falar dele por horas e horas e você ainda não vai descobrir o fim dessa história toda. Isso porque nós não estamos falando apenas de uma árvore, estamos falando de um um ecossistema muito complexo e que está ligado com a gente, por meio da memória.

E o Ecomuseu tem uma resistência muito forte, porque ele não tem apoio institucional, não tem ajuda do Governo nem da Prefeitura. Temos funcionado há 22 anos exatamente sendo apoiado pelos alunos que vêm fazer essas atividades. Então o aluno não vai vir só fazer um passeio, ele vem fazer uma aula. A diferença é que ele sai da cela de aula para estar em uma célula de aula, um espaço onde ele poderá ver, ouvir e sentir a vida pulsar.

O POVO — Com a proximidade do Dia Mundial de Proteção aos Manguezais, celebrado no dia 26 de julho, o que você analisa que ainda temos a avançar na luta em defesa da conservação ambiental desse ecossistema no Ceará?

Rusty de Sá Barreto — Acredito que ainda dá para se avançar muito nessa luta. Dá sim! Agora mesmo nós estamos lutando contra essas eólicas que vão ser colocadas no mar, as off-shores. Poxa, se colocam uma eólica dessas nesse terreno, tira-se daqui uma comunidade de pessoas, de animais. Imagine centenas e centenas de eólicas no mar, como é que vai ficar o pescador? Como é que vai ficar o surfista? Como é que vão ficar os barcos? Essa é só uma das diversas lutas em defesa do meio ambiente como um todo.

Como falei anteriormente, o maior desafio que temos hoje na defesa do manguezal é o conhecimento. Se a gente conseguir que essa matéria chegue às pessoas e que elas se sintam tocadas por essa causa, já é uma forma de avançar. Seja pelo amor ou pela dor, vamos continuar fazendo esse trabalho. Mas se a gente consegue sensibilizar as pessoas, já temos uma chance muito grande, porque assim passamos a trabalhar de um jeito diferente. Utilizando não um raciocínio tático, mas um raciocínio emocional e isso sim dá resultado.

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