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Roger Gobeth em nova fase
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Roger Gobeth em nova fase

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Foto: Vinícius Mochizuki/divulgação -

De volta à TV Globo após mais de dez anos - sua última novela havia sido Da Cor do Pecado -, Roger Gobeth retornou à emissora e vive novo momento na carreira como o policial Peixoto em Malhação. Em papo com Pause por telefone, ele fala da carreira e dos planos para o futuro.

O POVO - Como foi esse período afastado da Globo, que trabalhos você destaca desse período?

Roger - Foi de muito trabalho. Quando eu vim (pro Rio) em 1999, para fazer Malhação, faltava entregar o trabalho final na faculdade. Então aproveitei para terminar o curso de Arquitetura, na USP. Em seguida, fiz Floribela, na Band. Foi uma novela que fez bastante sucesso com o público infantil. Quando terminou, fui chamado pela Record, num momento em que acho que já tinham feito duas novelas, estavam no momento de criação de banco de elenco. Assinei o primeiro contrato com eles em 2006. A primeira novela que fiz na Record chamava Chamas da Vida. Depois começaram os episódios das minisséries bíblicas, participei de algumas. Aí as minisséries viraram novelas. Participei de Dez Mandamentos, fiz o pai de Moisés. Fiz uma série de aventura nesse meu momento final de Record. Marcou demais, porque passei por uma transformação física muito grande para desenvolver o personagem, a pedido do Edgard Miranda que foi quem me dirigiu. Uma minissérie chamada Sem volta. Meu último trabalho na Record foi na novela O rico e Lázaro, no final de 2017. Isso na televisão.

O POVO -Você está voltando exatamente por onde começou, na Malhação, e coincidentemente com o mesmo autor, o Emanuel Jacobina.

Roger - Sincronicidade né?!

O POVO - O que mudou do Roger de 1999 e o de 2019?

Roger - (risos) Tem uma história engraçada sobre isso. Quando eu vim pro Rio fazer a primeira Malhação, a gente tinha um contrato de três meses. Eu achava, dentro da minha ingenuidade na época, que eu ia fazer os meses e voltar para São Paulo, terminar meu curso, continuar minha carreira de arquiteto. Daí fiz teatro em São Paulo. E já se vão 20 anos. Mudou tudo. Eu era um jovem de 26 anos, estou com 46 anos. A vida ensina muito, a gente amadurece. Todos os trabalhos, experimentações de personagens me trouxeram bagagem. Hoje me vejo em Malhação, e às vezes me vêm lembranças, eu vejo a garotada com quem eu contraceno, e me vejo exatamente nesse lugar. Eu estive no lugar deles, e hoje eu participo do projeto de uma outra forma. A gente brinca lá, que eu sou do elenco adulto, apesar de já ter ganhado deles o apelido de 'novinho' (risos).

O POVO - Qual a sensação de estar de volta à Malhação?

Roger - Eu sempre brinco que não é uma volta, porque é tudo novo. O mundo era analógico em 1999. O mundo todo mudou, não só eu.

O POVO - Seu personagem na Malhação é um policial que deixa dúvidas sobre o caráter. Como é interpretar um personagem com esse perfil num período em que a corrupção é tão discutida no País?

Roger - Desde a primeira vez que fiz Malhação, a gente sempre discutiu temas que eram relevantes à época. Em 1999, eu lembro que a grande discussão do meu personagem foi a aids. Naquela época o vírus da aids não era uma doença que podia ser tão bem controlada como é hoje. A doença já tinha deixado de ser uma sentença de morte, mas ainda tinha o peso do preconceito. Hoje, com o Brasil da maneira que está, acho importantíssimo a gente debater, e lógico que a gente não tá apontando o dedo para toda a categoria, mas em todas as profissões sempre vai haver alguém com desvio de caráter. Estamos falando sobre a Polícia Militar. Acho bom que se discuta isso, mostrar que tem policiais bons, honestos, e temos que nos orgulhar desses. Mas como você mesma disse, o personagem que ainda está muito em aberto, tem um horizonte muito amplo. Eu sei o mesmo que vocês sabem. Mas que bom que existe essa dúvida, porque eu tenho tentado trabalhar a construção dele exatamente com essa dúvida, porque não sabemos exatamente o que ele é.

O POVO - Do início da sua carreira até aqui, qual trabalho, personagem ou momento mais marcou você?

Roger - Seria difícil para mim pontuar. Eu tenho uma lembrança muito clara de tudo o que eu fiz. Os personagens que aos olhos do público podem ser considerados pequenos, para mim nunca houve essa diferenciação. Desde a primeira participação que fiz no teatro com a Cristina Mutarelli, foi uma experiência lá atrás que me marcou muito, porque foi a primeira vez que fiz algo profissional. Na mesma época de Malhação, fui dirigido por Bibi Ferreira no Rio, num espetáculo chamado Qualquer gato vira lata tem uma vida sexual mais sadia que a nossa. Ficar dois meses junto da Bibi, dentro de uma sala de teatro, com tudo que ela passava pra gente. E agora, essa nova passagem por Malhação. Eu tô muito feliz mesmo.

O POVO - Além da Malhação, quais os planos e projetos do Roger pros próximos meses?

Roger - Eu tenho sempre projetos futuros, mas como ainda não estão fechados, não tenho como falar nada agora. Estou em Malhação até 2020, então vai ser uma jornada longa. Estamos só começando. Mas faz tempo que não faço teatro, quero voltar pro palco. É lá que a gente aprende, se renova.

O POVO - Na carreira profissional, o que seria um sonho pra você, o que está no topo da sua lista de desejos para realizar?

Roger - Ah, eu queria participar mais do cinema brasileiro sabe?! Quando eu fiz Vips, com a O2 filmes, em que o Wagner Moura era o protagonista, e eu fiz uma cena com ele e fiquei muito grato, feliz de ter feito. Foi a primeira vez em que eu estive num set de cinema. É tudo muito diferente, o ritmo, a forma de gravar. É o trabalho do ator em um outro lugar.

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