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Melissa é atitude
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Melissa é atitude

Marca chega aos 40 anos colecionando grandes parcerias e uma trajetória de sucesso, que resiste às mudanças na moda, se molda ao futuro, sem perder a essência
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Karl Lagerfeld não ficou de fora. Os modelos têm como base os saltos (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Karl Lagerfeld não ficou de fora. Os modelos têm como base os saltos

Os produtos da Melissa Oficial têm um cheiro inconfundível. Nas lojas, um aroma doce e fresco prende a atenção dos que conferem as novidades nas prateleiras. Quem compra algum item leva este cheiro para casa. E mesmo aqueles que não compram, em algum momento, na rua, no trabalho ou em uma festa, vão senti-lo e pensar: "é da Melissa". Talvez, esta seja uma das principais características para que a marca consiga entrar na vida das pessoas de forma tão íntima. Quem nunca teve, experimentou ou presenteou com uma Melissa?

Neste ano, a marca chega à casa dos 40. E, diga-se de passagem, esbanjando saúde e disposição. Nas últimas quatro décadas, a caminhada foi sólida. Resistiu às mudanças na moda, desenvolvendo modelos vanguardistas (característica própria), mas que caminham com o start das tendências; e soube ressurgir quando preciso, como em 1998, quando passou por meses sem novidades e, de repente, surgiu com parcerias icônicas com Jean-Paul Gaultier, Karl Lagerfeld, Vivienne Westwood, Jeremy Scott e Vitorino Campos, Diane von Furstenberg, dentre outros nomes.

A caminhada com a sustentabilidade é outra prova de resistência. Quem diria que uma marca que tem o plástico como base da produção iria se manter firme no cenário atual? Hoje, a confecção dos produtos é feita com plástico vegano, reciclável e, além disso, a Melissa espalha conhecimento sobre o tema em palestras pelo Brasil. Na última semana, inclusive, Fortaleza recebeu o Melissa Talks, evento que discutiu a importância de olhar para o futuro da moda com cautela. Quem mediou a conversa foi Mayra Sallie, Melissa Creative do RJ.

"A matéria prima da Melissa já é por si só um desafio, porque estamos falando de plástico. Mesmo sendo vegano, é um material que pode ser reciclado quando descartado corretamente e, por isso, precisa de uma boa comunicação. Para que todos saibam", pontua em bate-papo com O POVO.

Mayra também dá destaque para a forma como a marca consegue se manter firme com o passar dos anos. "São gerações de "melisseiros" que admiram sua identidade, vida, design e cores. Na minha opinião, a essência é permanente quando isso acontece. Além de ser uma marca que abraça a diversidade e desenvolve projetos que aproximam o público ainda mais", finaliza.

Fazer uma leitura da Melissa é como imaginar um presente que passa de geração a geração. O que começou com uma sandália inspirada na moda dos pescadores da Riviera Francesa, criada pelo grupo calçadista brasileiro Grendene, hoje está firme em mais de 70 países. Só na última década, foram fabricados mais de 32 milhões de pares de sapatos. No total, mais de 500 modelos já foram criados.

O currículo também conta com três galerias físicas, centros de grandes exposições e ativações artísticas e culturais, localizadas em três dos principais centros urbanos do mundo: São Paulo, Nova York e Londres.

Por essas e outras, a Melissa resiste. Sabe se moldar e cativar. Entra na contemporaneidade sem perder a essência vanguardista. É um convite para o novo com gostinho de afetividade. Viva!

Memória Afetiva

"Cresci em Sobral, pertinho da Grendene, onde minha mãe deu treinamentos por um tempo. Essa proximidade me trouxe a Melissa, pois nós duas recebíamos os lançamentos para experimentar. O cheirinho de Melissa até hoje me lembra infância. Hoje, tenho 6 pares, mas já cheguei a só usar Melissa. Devia ter uns 15 pares. Fora os que pegava da minha mãe, né? Meus preferidos dessa época são, com certeza, o Melissa Love System, o Vyxen, meu primeiro salto, e o Scarfun High, assinado por Alexandre Herchcovitch, que eu guardo - e uso - até hoje. Amo Melissa porque ela tem um pouquinho da minha história também. Escolho pela memoria afetiva, por seu posicionamento e por abraçar tantos estilos diferentes"

Gabriela Rocha, jornalista

"Para mim, o cheiro é o mais marcante. Quando eu era criança e minha irmã mais velha ia na loja da Melissa escolher as sandálias dela, eu ficava olhando. Hoje, quando sinto o cheiro da Melissa, lembro dessa época, da nossa mãe nos levando para passear, dos finais de semana no shopping. Eu amava! A Melissa faz parte de mim dessa forma. Lembranças boas e inesquecíveis!" 

Mariana Pinto, estudante

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