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(Re)conhecendo a diversidade
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(Re)conhecendo a diversidade

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O padrão muda com o tempo. Enquanto na década de 1930 o ideal era as mulheres serem gordas, agora o modelo é a magreza. "Nessa época, comer era um status por causa da escassez de alimento do pós-guerra", comenta a psicóloga Manuela Dantas. Essa situação, porém, dificulta a acessibilidade de várias pessoas a situações cotidianas, como assentos no transporte público e roupas. "Eu entendo que hoje já exista um movimento maior de empresas para que haja diversidade. Mas é necessário começar a consumir isso, a reforçar positivamente", destaca Pabyle Flauzino.

Mais do que aceitar, é necessário reconhecer a si mesmo em outros lugares. Uma atitude que Manuela Dantas aconselha é filtrar os perfis que se assemelham à sua realidade nas redes sociais. "No Instagram, pessoas começaram a dizer que eu não necessariamente preciso entrar nesse padrão estético. Acho que já tem melhorado muito, mas ainda é perigoso", afirma. De acordo com ela, todos têm vivências a acrescentar, porém é necessário que o conteúdo seja analisado com responsabilidade.

Isso foi uma das ações que a médica Flora Mota fez para melhorar sua autoestima. Para se cercar de assuntos positivos, começou a ter referências de pessoas gordas na Internet. "A partir disso eu fui aprimorando a forma de me vestir e também a conhecer marcas que estavam dispostas a me vestir", conta. Agora, ela compartilha assuntos também em sua conta. "Eu percebi que quando compartilho essas mensagens e falo sobre elas, as pessoas também se incentivam a melhorar. E vai virando uma rede", diz.

Ainda com o objetivo de debater sobre o corpo, as profissionais Sara Andreazza, Pabyle Flauzino e Manuela Dantas idealizaram o grupo De Corpo Todo (@decorpotodo) com o objetivo de desconstruir padrões. "Ele surgiu a partir da vontade de algumas mulheres de levar ideias para mais mulheres. Por meio da troca de experiências, buscamos promover encorajamento, união, amor próprio e autocompaixão", explica Manuela.

 

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